O ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), prometeu, nesta terça-feira (28), mover ações judiciais contra o presidente do PSDB goiano, Paulo de Jesus, o secretário de Articulação Institucional do governo do Estado, Daniel Goulart (PSDB) e o jornalista Paulo Beringhs. Ele convidou a imprensa para uma entrevista coletiva em seu apartamento, no setor Sul, para fazer o anúncio. O peemedebista aproveitou o momento para criticar cartas publicadas por adversários em um jornal da capital que fazem duras críticas a ele e também comentou o processo eleitoral em Goiânia.
Íris questiona uma entrevista concedida por Daniel Goulart em um programa apresentado por Paulo Beringhs na TV que, na avaliação dele, teve conteúdo ofensivo. Ele também protesta contra uma das cartas, que foi assinada pela presidência do PSDB.
“Tenho uma vida absolutamente limpa. Nunca tirei proveito do poder e sempre fiz tudo com muita responsabilidade. Notei agora, com o surgimento de fatos que estão envergonhando a população de Goiás, a preocupação dos nossos adversários de querer colocar o meu nome nisso”, argumenta o ex-prefeito. “Estou na vida pública há 54 anos sem mácula”, pontuou ainda.
Iris disse também que vai interpelar o secretário de Educação do Estado, Thiago Peixoto, ex-colega de partido dele, agora no PSD. Segundo ele, o peessedista é citado por Daniel Goulart por ter, supostamente, ciência de uma negociação envolvendo um ex-auxiliar da administração dele na prefeitura de Goiânia.
Cartas
O ex-prefeito defendeu a carta assinada pelo PMDB e PT, e publicada no mesmo jornal da capital, que gerou a resposta dura dos aliados do governo do Estado no dia seguinte. Segundo o peemedebista, “o homem público tem que entender que está sujeito a apreciações”.
“A pessoa quando passa a participar da política tem que estar pronta para ser criticada. Se os partidos não tiverem o direito de criticar governo, a democracia perde o sentido”, afirmou ele, que disse estar utilizando o poder Judiciário, pois se sente “profundamente agredido”.
“Não sou político de um dia, mas de uma vida e passei pelo crivo do Ministério Público durante seis anos”, completou.
Campanha
Questionado a respeito da participação que deve ter na campanha municipal em Goiânia, o ex-prefeito indicou que não deve estar presente em ações de rua, devido a problemas de saúde. “Eu tenho que utilizar reuniões. Me submeti a cinco cirurgias em uma só vértebra e isso me deixou um tanto castigado”, disse.
“Estou disposto a fazer gravações para programas de rádio e, dentro das minhas possibilidades, tenho participado ativamente”.