O candidato Reinaldo Pantaleão (PSOL) explicou que o sistema de ciclos na Rede Municipal de Ensino não pode ser descartado. “O que se tem que fazer, e isso nós vamos implantar, que seja respeitado para que a população tenha a participação. Há um erro, equívoco, colocado pelo gestor com relação ao uso do ciclo. Como que você vai incluir a pessoa, com certa idade, dentro de uma escola normal, e ela termina esse período praticamente analfabeto”, justificou.
“O ciclo mantido, esse aluno tem que ser acompanhado. Não tende educação isolada, temos que acompanhar esse aluno. Esse acompanhamento acontece na medida em que essa chamada escola integral não fique apenas no papel. É importante que ele seja acompanhado para sair da escola com condições de qualificação profissional. Vamos manter o ciclo, mas estabelecer uma política de ciclo com respeito e não apenas para dados estatísticos”, declarou o professor.
A candidata do PCdoB, Isaura Lemos, ressaltou que as crianças devem ser alfabetizadas aos oito anos. “Mesmo no sistema de ciclo, aos oito anos de idade tem que ser alfabetizadas, aos 12 anos tem que conhecer e saber resolver as quatro operações de matemática”, apontou. Isaura questionou o professor Pantaleão como fazer com que o sistema de ciclos não deixe os pais impotentes com crianças que saem da escola sem o preparo.
“Estamos diante da omissão. Não existe educação sem participação. Para que as pessoas participem temos que dar condições para elas serem realmente formadas, reforçar nas escolas através de profissionais que recebam bem. Essa história de educação sem bom salário para os professores não existe. A prefeitura além de ser omissa, não dá satisfação à população porque o ciclo não está funcionando”, respondeu Pantaleão.
Isaura Lemos afirma que a escola de tempo integral é importantíssima, mas não foi construída nas áreas mais carentes de Goiânia. “Sempre foi no local mais fácil. Nós queremos construir e implantar escola de tempo integral nas áreas mais vulneráveis que realmente precisam junto às famílias de baixa renda”, informou.
“A escola integral não pode ser apenas o quadrante físico ela tem que ser integral no sentido pedagógico. Tem que dar a criança condições para ela sair dali satisfeita. Outro aspecto importante que foi bem lembrado pela deputada, há uma questão que nós não podemos ficar omissos, a sociedade tem que cobrar, a prefeitura tá errada temos que ir às ruas e cobrar dela, o governante precisa ser cobrado”, retrucou Pantaleão.