O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar as urnas eletrônicas, repetiu acusações sem provas de fraudes nas eleições de 2018, disse que não existe tipificação para fake news e desafiou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassar a sua candidatura. “Vai cassar meu registro? Duvido que tenha coragem de cassar meu registro. Não estou desafiando ninguém, mas duvido que tenha coragem de cassar”, disse o presidente em entrevista nesta sexta-feira (2) em Foz do Iguaçu (PR).
Na sequência, o presidente afirmou que não existe tipificação para fake news e que “não tem nenhum maluco” para cancelar a sua candidatura por esse motivo. As declarações acontecem em meio a uma escalada, por parte de Bolsonaro, de insinuações golpistas e ataques às urnas eletrônicas.
O presidente evitou comentar a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Kassio Nunes Marques de suspender a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que cassou o mandato do deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil-PR). Mas defendeu o deputado aliado: “Posso falar da cassação. Olha, eu não tenho adjetivo para expressar aqui a covardia que foi a cassação com Francichini. O que ele falou lá, eu falaria se tivesse aberto uma live também”.

Investigação
A PF (Polícia Federal) enviou pedido ao ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), para que inclua o ministro da Economia, Paulo Guedes, como investigado no inquérito sobre supostas irregularidades no Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) também é alvo da investigação.
Argumentos
A corporação aponta que Guedes foi citado no inquérito por Márcio André Mendes Costa, empresário do ramo da educação. Em fevereiro de 2011, a empresa dele fez um lançamento de debêntures (espécie de empréstimo após emissão de título de dívida) no mercado financeiro. Depois, o atual ministro teria sugerido que o empresário também apresentasse debêntures ao fundo dos Correios, que acabou investindo na empresa de Costa.
Irregularidade
Calheiros teria recebido “vantagem indevida” para beneficiar empresários na tramitação da MP (Medida Provisória) dos Portos. Segundo ela, o responsável pelo “esquema criminoso” foi o contador Milton Lyra, apontado como operador do MDB. A investigação teve início na Operação Postalis, que teve Lyra como alvo por suspeita de fraudes no fundo de pensão dos Correios.

Nomes na mesa
O pré-candidato ao governo, Gustavo Mendanha (Patriota), afirma que segue com diálogos para composição da chapa majoritária inclusive com partidos que hoje compõem a base aliada ao governador. O ex-prefeito de Aparecida, no entanto, avalia que a aliança com o Republicanos, do deputado federal João Campos, viria a calhar.
Bolsonaristas
“O João também apoia o presidente Bolsonaro, seria interessante uma junção, agora, tem muita coisa até o dia cinco de agosto. Eu vou estar dialogando como sempre fiz com muita gente. Em um momento oportuno, se tiver esse casamento a gente vai apresentar”, afirmou Mendanha ao Diário de Goiás.
Citados
Questionado sobre as conversas também com outros pré-candidatos ao Senado, Gustavo cita o ex-deputado federal, Alexandre Baldy (PP), e o presidente da Alego, Lissauer Vieira (PSD).

Sustentável
Goiânia é a capital brasileira com menor índice de perdas de água, segundo estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil, elaborado com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis). O levantamento é referente ao ano de 2020. Goiás é o estado que menos perde água na distribuição em todo o País, com 27% de perdas. Na capital, índice é de 18%.
Comparação
O Instituto classifica a capital em “padrões de excelência”, e aponta que a perda de água na distribuição em Goiânia é menor do que a de cidades da Europa e da Ásia. Segundo o estudo, Aparecida de Goiânia também está em destaque, com 22%. A título de exemplo, os índices de Londres e Hong Kong são de 28% e 25%, respectivamente.
