Na última sexta-feira, o 10º Seminário Goiano de Direito Desportivo foi encerrado no Auditório da OAB/GO. E um dos presentes no evento foi João Bosco Luz, ex-presidente e atual diretor jurídico do Goiás.

Em entrevista concedida ao repórter Rafael Bessa, da Rádio 730, João Bosco Luz, que acompanhou Felipe Macedo na viagem à França, explicou a situação do negócio envolvendo o zagueiro com o Monaco. “A negociação foi bem feita aqui no Brasil. Chegou-se aos valores e viajamos para fechar o contrato. Estávamos de posse do documento assinado pela diretoria do Monaco. Chegando lá, aconteceram algumas situações que impossibilitaram a concretização. A principal delas foi a questão do exame médico”.

Novidades foram apresentadas no 10º Seminário Goiano de Direito Desportivo

O ex-presidente esmeraldino destacou que não houve nada de anormal na transação e que o principal fator foi a questão dos exames médicos, em que o jogador não foi aprovado. “São fatos que envolvem qualquer negociação. Nada que seja estranho a uma negociação. As partes concordam ou discordam e houve uma discordância, aliada à questão do exame médico. Por isso, a negociação não foi concluída”.

João Bosco aproveitou para explicar os boatos de que o ex-jogador Deco teria participado da negociação e tentado “Felipe tem um empresário e o Deco é um parceiro do empresário do Felipe. Ele apareceu na negociação defendendo os interesses do Felipe no acerto do contrato dele com o Monaco”.

Além disso, comentou como Felipe Macedo ficou após o negócio não ser concretizado. “A reação foi de desapontamento, já que não tínhamos conhecimento de nenhum problema físico no Felipe. Cheguei a perguntar se ele já tinha sentido alguma coisa, algum incomodo no pé e ele negou. A última vez que ele esteve no departamento médico foi em 2014. De toda forma, o clube tem toda autonomia para realizar os exames médicos que quiser e aprovar ou não o atleta. Infelizmente, a negociação não deu certo. O Felipe é um menino de cabeça muito boa, conversamos muito durante a viagem. Já conversamos sobre toda essa situação e ele está tranquilo. Tenho certeza que ele voltará a ser titular no Goiás, vai dar muitas alegrias ao nosso clube e o Monaco vai se arrepender de não ter contratado”.

Caso Erik

João Bosco Luz esclareceu as especulações de que ele tem tentado incluir um familiar (filho) como intermediário (procurador) na negociação de Erik, atacante do Goiás, com o Fenerbahce, da Turquia. “Não vejo nenhuma gravidade nisso. Na verdade, isso chega a ser uma piada. Se alguém está acusando, basta apresentar as provas. Defendo o Goiás acima de tudo. Se tem denúncia, isso é crime. Basta apresentar a uma delegacia de polícia e, com certeza, eu serei condenado, preso e irei responder civilmente pelos meus atos. Basta as pessoas que tenham essas provas se apresentem. Na verdade, esse tipo de coisa, infelizmente acontece. É uma coisa que não me traz nenhuma preocupação, pois não tem o menor fundamento”.

Por fim, o diretor jurídico do Verdão fez questão de destacar que o seu filho, João Vicente, é funcionário do clube e, caso esteja envolvido na transação em prol do esmeraldino, não está fazendo mais do que sua obrigação. “Caso o João Vicente fosse intervir nessa negociação, ele teria plenas condições de fazer, pois ele é empregado do Goiás. E se for determinado que ele pratique determinado ato e exerça alguma atividade nesse sentido, é uma obrigação dele fazer, como empregado. Ele não pode é ser intermediário para ganhar dinheiro ou levar qualquer vantagem. Aí teria a reprovação do patrão dele, que é o Goiás, e também minha, que sou o pai dele”.