SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O jogador de futebol iraniano Amir Nasr-Azadani, 26, foi condenado nesta segunda-feira (9) a pelo menos 16 anos de prisão por participar de protestos pelos direitos das mulheres em seu país, em novembro.

Agências de notícias e veículos internacionais, contudo, divergem sobre o tempo exato de prisão ao qual o iraniano foi condenado. O canal de televisão Iran International cita que a condenação é de 21 anos. Pela manhã, a BBC havia divulgado 16 anos, porém em nova publicação à tarde informou um total de 26.

Nasr-Azadani é acusado de ser membro de um grupo armado supostamente responsável pelo assassinato de três agentes de segurança em novembro em Isfahan, na região central do país, de acordo com a BBC.

Autoridades iranianas afirmam que ele confessou o crime e que possuem gravações de câmeras de segurança e outras provas contra ele e outros réus, que totalizam nove pessoas.

O atleta lidava com a possibilidade de ser condenado à morte. O caso dele ganhou repercussão durante a Copa do Mundo no Qatar, quando diferentes grupos sociais denunciaram que o zagueiro havia sido detido por forças de segurança do Irã.

Ativistas, jogadores e organizações como a Fifpro (Federação Internacional de Jogadores de Futebol, o sindicado da categoria) se posicionaram fortemente contra a possibilidade de execução do atleta.

Também nesta segunda, outros três homens que teriam participado dos assassinatos dos agentes foram condenados à morte, informou a agência de notícias iraniana Mizad.

Os três homens, Saleh Mir-Hashemi, Majid Kazemi e Saeed Yaghoubi, foram acusados de “moharebeh”, que significa “guerra contra Deus”, um vago conceito religioso. Já Nasr-Azadani foi enquadrado pelo crime de “reunião e conluio levando a crimes relacionados à segurança”.

Cabe apelação. No entanto, em outros casos envolvendo manifestantes os pedidos de apelação não anularam os veredictos.

Leia mais