BELO HORIZONTE (Reuters) – Jogadores da Seleção Brasileira evidenciaram o óbvio sentimento de frustração com a goleada sofrida diante da Alemanha na semifinal da Copa do Mundo nesta terça-feira, que acabou com o sonho de conquistar o título mundial em casa, e reconheceram que será difícil encontrar motivação para a disputa de 3º lugar.
“Somos acostumados a ganhar e perder desse jeito é muito frustrante e muito difícil de encontrar força para superar”, disse o meia-atacante Hulk depois da derrota de 7 x 1 do Brasil no Mineirão, a pior da história da seleção brasileira em seus 100 anos.
Argentina e Holanda definem na quarta-feira, em São Paulo, quem vai enfrentar os alemães na decisão da Copa do Mundo no Maracanã, no domingo, e qual será o adversário do Brasil na decisão do 3º lugar, em Brasília, no sábado.
“Nada deu certo para nós. Temos que honrar a camisa, mas para o Brasil terceiro lugar é praticamente nada. O Brasil é um país vitorioso, todos cobram muito, e vamos ter que arrumar forças para levantar a cabeça”, afirmou o lateral-esquerdo Marcelo.
O zagueiro Dante, que substituiu o capitão Thiago Silva, suspenso, na partida contra a Alemanha, reconheceu a pouca importância dada ao 3º lugar de uma Copa do Mundo no Brasil, mas ressaltou que a seleção sempre tem a obrigação de “honrar a camisa” quando entra em campo.
Jogadores da seleção também demonstraram preocupação em ficar com seus nomes marcados para sempre na história do futebol como os responsáveis pelo maior fracasso da história do Brasil em campo, juntamente com o “Maracanazo” de 1950. No Mundial realizado há 64 anos no país, a seleção brasileira perdeu a final no Maracanã para o Uruguai por 2 x 1.
“É uma geração que fica marcada. Será difícil esquecer uma desclassificação como essa. Vai ser doída por muitos anos”, disse o volante Paulinho.
O capitão Thiago Silva disse que entre 1950 e 2014 a tristeza agora é maior devido à goleada. “Acho que doeu tanto quanto hoje, o que mais dói é o placar de 7 x 1. Ninguém esperava por isso”, disse.