SÃO PAULO (Reuters) – Enquanto o mundo aprecia o ritmo de jogo de Arjen Robben e as finalizações de Robin van Persie, jogadores mais jovens e menos consagrados da Holanda estão emergindo como uma parte fundamental da ótima campanha do país nesse começo de Copa do Mundo.

Com uma campanha perfeita, conquistando os 9 pontos máximos e marcando 10 gols, eles enfrentarão o México nas oitavas de final, e as chances de os holandeses levantarem a taça pela primeira ficarão mais difícies na fase eliminatória. Van Persie e Robben marcaram seis desses gols, e compartilharam entre eles os elogios de excelentes partidas disputadas.

Inevitavelmente, os jogadores mais experientes conseguiram as manchetes, mas a vitória de 2 x 0 sobre o Chile em São Paulo na segunda-feira constatou que o time da Holanda é mais do que os atacantes veteranos. 

Com Van Persie fora da partida, o meia defensivo Leroy Fer, que joga no Norwich (ING), colocou sua equipe à frente na partida, apenas dois minutos depois de sair do banco de reservas. O jogador de 24 anos não foi humilde ao lembrar o técnico Louis van Gaal de seu valor para a equipe.

“Foi um grande gol, e o cruzamento de (Daryl) Janmaat foi sensacional. Eu subi perfeitamente (para cabecear). Acho que isso mostra que eu sou perigoso no ar”, disse ele ao site da FIFA.

Aos 20 anos, Memphis Depaym também entrou como substituto e fez o segundo gol nos acréscimos, seu segundo nesta Copa após também ter marcado contra a Austrália na partida anterior. Georginio Wijnaldum, de 23 anos, começou o jogo contra o Chile apesar de ter apenas algumas partidas com a camisa da seleção.

“As pessoas geralmente olham para as estrelas e não consideram a equipe como um todo. Muitos dos times têm jogadores mais famosos, talvez até melhores do que a gente. Mas o que todos esquecem é que este é um jogo de equipe. Se estamos jogando bem, estamos jogando assim como um time.”

Mas, Wijnaldum acrescentou que jovens jogadores como ele ainda tinham muito a aprender com os mais experientes, sem os quais a Holanda teria dificuldades em ficar no primeiro lugar do grupo e evitar jogar contra o Brasil nas oitavas de final.

“Eles nos fazem sentir mais à vontade no campo. Eles já passaram por essa situação, em 2010, e sabem o que esperar e o que é preciso para vencer.”