O Vila Nova teve uma cara ‘nova’ à beira do gramado contra o Paysandu. O auxiliar técnico Jorge Rauli comandou o time pela segunda vez nos últimos quatro jogos- antes, ele já havia dirigido a equipe na partida com o Bahia- por conta da expulsão do treinador Guilherme Alves.

Alves, a propósito, acompanhou o duelo das tribunas, vibrou com os gols colorados e sofreu com o empate no final e com mais um tropeço em casa. A campanha como mandante foi o calcanhar de Aquiles na Série B. Dos 57 pontos disputados, o Tigre conquistou apenas 23, sendo o quinto pior mandante da competição. Para Jorge Rauli, o novo tropeço nada mais foi do que um “reflexo” do desempenho em casa.

“Nada mais foi do que o reflexo de alguns jogos aqui dentro de casa. Tivemos superioridade, mais presença no campo adversário e (a vitória) escapa como escapou hoje. Mas isso prova a tese que pregamos, de que o Vila é um time que não se entrega nunca. Falar desses jogadores é muito fácil. Esses caras merecem toda a nossa consideração e nosso respeito”, afirma.

Profissionalização

Quando comandou o time diante do Bahia, Rauli declarou que o Vila tem tudo para estar na primeira divisão, porém, precisaria se profissionalizar e evitar práticas nocivas ao clube. Após o confronto deste sábado, 19, o auxiliar voltou a bater na tecla e classificou o diretor de futebol, Felipe Albuquerque, como o homem que é capaz de fazer o Tigre crescer no departamento profissional.

“A partir desse momento que meu ciclo e do Guilherme está se encerrando, eu vou torcer demais principalmente para o Felipe (Albuquerque). O Felipe tem todas as condições de mudar o futebol do Vila Nova, de organizar, estruturar e profissionalizar. Do jeito que está, é muita bagunça. O Vila é muito aberto. É um pecado para um time com essa grandeza. Tem que levar o Vila a sério. E eu torço muito para que as coisas sejam diferentes”, frisa Jorge Rauli.

Com Guilherme Alves de volta ao comando, o Tigrão fecha a Série B contra o Joinville, que briga contra o descenso. O duelo final é no sábado, 26, às 17h30, na Arena Joinville, que terá portões fechados.