Durante encontro com representantes da Associação de Jovens Empreendedores e Empresários de Goiás (AJE), o vice-governador e presidente da Celg, José Eliton, voltou a comentar sobre o processo de reestruturação da Celg. Após anunciar a parceria com o banco Credit Suisse, Eliton não descartou a participação de governo federal na operação.

“Uma coisa é não é antagônica a outra. Nós estamos dando solução pra Celg do ponto de vista do mercado. O tesouro estadual ainda busca uma composição com o governo federal no sentido de buscar a captação daqueles recursos por conta de prever a imediata regularização do setor elétrico da empresa e o plano de uso do recurso atende as demandas do estado.”, revelou José Eliton. Entretanto, segundo o presidente da empresa ressaltou que não será possível esperar muito tempo pelo posicionamento do governo federal.

“Nós temos na Celg uma situação muito delicada e precisávamos da resposta. Penso que essa resposta de mercado é uma resposta muito importante pra sociedade, e mais do que isso, nós nos aliamos a um empresa global (Credit Suisse) que tem dentro do seu portfólio trabalhos relevantes”, complementou.

Credit Suisse

Após 12 dias do anúncio da parceria com o banco suíço, Credit Suisse, José Eliton já vê saldo positivo do acordo. Entretanto, ele acredita que os resultados podem serem ainda melhores. “Penso que daqui pra frente nós podemos ter com maior clareza a repercussão. De qualquer forma as informações que eu tenho são informações positivas, são informações que colocam a Celg com ambiente de confiança muito importante”, avaliou.

“É isso que nós queremos, transformar a Celg em uma empresa respeitada, na empresa que as pessoas confiam, na empresa que o setor financeiro confia, que o setor elétrico tem confiança, porque o ambiente de confiança é fundamental para qualquer atividade”, ressaltou.

Reajuste tarifário

De acordo com José Eliton, a prioridade no momento é acertar a dívida com a Eletrobrás e outros fundos setoriais. Assim que a empresa ficar adimplente com a empresa estatal, está previsto um aumento na tarifa mensal. “A Celg precisa ficar adimplente com a Eletrobrás e os fundos setoriais para conseguir fazer jus ao reajuste tarifário que desde 2006 não aplica nas suas tarifas”, declarou.

A Agência Nacional de Energia Elétrica já autorizou o reajuste. Segundo José Eliton, os quatro anos sem aumento na tarifa causou à Celg um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão. “Com o setor elétrico nós vamos iniciar a negociação agora. Com a Eletrobrás por conta das dívidas são muito grandes, nós estamos buscando adequar o fluxo de caixa corrente e pagar o fluxo corrente de despesas financeiras, despesas com o setor elétrico, despesas com obrigações com fornecedores e prestadores de serviço, e despesas tributárias”, finalizou.