O PSDB entrou com um pedido de abertura de processo por quebra de decoro parlamentar, no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), contra o deputado estadual Major Araújo (PRP). O que motivou a ação foi uma discussão acalorada entre o deputado e o colega Thalles Barreto (PTB).
“Aquela foi uma cena muito ruim, com palavras de baixo calão. Essa decisão é para afirmação do próprio poder. Ali é um campo para debater ideias. Cada um deve se posicionar com a autonomia de parlamentar, mas respeitando todos os preceitos morais que a casa exige,” afirma o deputado José Vitti.
Ouça a entrevista completa de José Vitti: {mp3}stories/2015/politicos/JOSE_VITTI_14_10{/mp3}
De acordo com Vitti, o PSDB entrou com o pedido devido a uma estratégia. Ele cita que vários partidos queriam entrar com o processo, mas como o representante do PSDB no Conselho de Ética, deputado Júlio da Retífica, estava viajando no dia do acontecimento, o partido entende que não seria interessante que ele fosse o relator do processo.
O deputado diz que a cassação seria uma punição muito pesada para o Major Araújo, mas também afirma que não deseja que a punição seja apenas um puxão de orelha.
Reajuste de impostos
A aprovação do projeto de Lei que reajusta uma série de impostos estaduais provocou a ira da oposição, especialmente do deputado Major Araújo. Ele alegou falta de transparência no tramite da matéria.
José Vitti garante que o projeto de Lei respeito todos os períodos e tramites legais. “Pode ser que a gente acelerou o processo. Mas antes desse processo chegar na comissão, ele é lido e publicado no portal da transparência. O relator fez a relatoria do projeto. Houve uma falta de atenção dos deputados da oposição,” afirma o parlamentar.
Líder do governo na Assembleia, José Vitti ressalta que na maioria dos estados brasileiros, os carros pagam IPVA até 15 anos. Ele também defende que o aumento do IPVA para as motocicletas de até 100 cilindradas será de apenas 0,5%.
O parlamentar admite que o reajuste do imposto de herança, que pode chegar a 8%, vai pesar no bolso do cidadão goiano. Porém, ele alega que vários estados tomaram a mesma decisão, temendo que o governo federal avançasse sobre essa fonte de receita.