O deputado federal Jovair Arantes (PTB) reafirmou nesta quarta-feira (06), durante entrevista com exclusividade à Rádio 730, que o PTB não pretende abrir mão de uma vaga na chapa majoritária da base aliada ao governador Marconi Perillo (PSDB).

Ao todo a chapa é composta por uma vaga para governador, uma para vice-governador e duas vagas para senador. O atual vice-governador José Eliton (PSDB) desponta como principal pré-candidato da base ao Executivo estadual. Já Marconi confirmou que pretende lançar sua candidatura ao senado. Desse modo, ao menos teoricamente, sobrariam na chapa a vaga de vice e uma vaga para senador.

Além de Jovair, vários políticos já manifestaram interesse nas vagas, como por exemplo, Roberto Balestra (PP), Wilder Morais (PP), Lúcia Vânia (PSB) e Vilmar Rocha (PSD). Convicto, Jovair disse que o PTB vai alçar voos maiores mesmo que não seja na base.

“O PTB participa ou como senador ou como vice-governador. Nós exigimos a nossa participação pelo nosso tamanho. Nós sempre fomos preteridos. Chega! Agora é a vez do PTB. Não vamos participar de nenhum processo político em alguma chapa na qual o PTB não esteja nas cabeças”, aponta.

Além disso, o deputado federal disse que caso o PTB vá para a oposição é mais provável que o partido apoie o deputado Daniel Vilela (PMDB) do que o senador Ronaldo Caiado (DEM). “Com o Daniel pode ser possível, mas por enquanto não colocamos isso no nosso calendário já que estamos conversando com o vice-governador José Eliton. Com o Caiado é mais difícil por causa daquele episódio de Itumbiara (morte do ex-prefeito Zé Gomes). A conclusão a qual a polícia chegou (de que a motivação do crime seria um surto psicótico) não encaixa no perfil que a cidade entendia do crime. Tem problemas, problemas sérios”, declara.

Quem pode assumir uma vaga representando o PTB, caso a sigla componha a chapa de fato, é o ex-senador Demóstenes Torres (PTB), cassado em 2012 por envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Na terça-feira (05), o Superior Tribunal Federal (STF) entendeu por unanimidade que os processos administrativos instaurados contra Torres foram feitos com base em interceptações telefônicas consideradas nulas pelo Supremo e que, portanto, não são válidos. Com a decisão, foi arquivado o último processo judicial em desfavor de Demóstenes no caso Cachoeira.

Segundo Arantes, as acusações contra o ex-senador foram “muito pesadas”. “Temos absoluta certeza sobre a candidatura dele (Demóstenes). Falta só o Senado decidir sobre o processo que foi feito contra ele. Sempre tivemos a certeza de que ele realmente não devia e de que as acusações foram muito pesadas”, considera.

Acompanhe a entrevista completa:

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