Dados da Justiça Eleitoral mostram que apenas 1,2% dos filiados a partidos eleitorais em Goiás são jovens, com idades entre 16 e 24 anos. Segundo o cientista político Frank Tavares, a juventude hoje se limita apenas em votar no dia da eleição e não se envolvem em coletivos que discutem propostas para a administração pública.

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“A participação política do jovem atualmente se resume em votar. As instituições que os jovens menos confiam no nosso país são os partidos políticos, seguidos do Congresso Nacional, do governo e do presidente da República. Percebemos que a aversão se dá por intuições associadas a representações políticas, ao sistema liberal democrático e a formas convencionais de participação política”, afirma o especialista.

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Frank Tavares disse ainda esse comportamento é um reflexo de uma sociedade cada vez mais preocupada com o individual e que não pensa em projetos no coletivo. Segundo ele, questões referentes à carreira profissional estão sendo deixados de lado.

“Quem está se formando agora, conhecendo o mundo adulto, tende a manifestar a busca por conquista pessoais. Com a chegada das redes sociais, isso se agravou ainda mais, uma vez que muitos pensam somente em “minhas conquistas, meu mérito”, conquistas que não tem como o foco o coletivo, não pensam mais na classe profissional, na valorização daquela profissão, e somente em conquistas pessoais”, analisa.

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