Foto: TJGO/Divulgação

A juíza Placidina Pires, titular da Vara dos Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais, manteve nesta sexta-feira (8) a prisão temporária de sete investigados na Operação Cegueira, deflagrada pela Polícia Civil, que investiga fraude em processo licitatório no Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO).  

A decisão foi tomada na audiência de custódia. Assim, seguem detidos os investigados: Daniel Ganda dos Santos, Sérgio Augusto Nunes Pinto, Wederson da Silva Viana, Rosana Ribeiro da Silva, Vagner Pedroso Coavila, Carlos Henrique Senkio e Marcelo Augusto Sampaio Martins.

A juíza entendeu que a prisão temporária dos investigados não foi decretada apenas para que fosse realizado seus interrogatórios, mas considerou que ela se mostra “imprescindível para a continuidade das investigações, mormente considerando a complexidade dos fatos investigados e quantidade de integrantes que participariam da suposta organização criminosa em tela.”

Ela considerou também que as investigações policiais não foram concluídas, que há diligências em curso que ficariam prejudicadas com a liberdade dos investigados. “Notadamente considerando a necessidade de ser impedida a instrução de outras pessoas que ainda serão ouvidas no decorrer das investigações, combinando os relatos a serem prestados”, disse.

As investigações feitas pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECCOR) apontam um esquema que teria fraudado a licitação ocorrida em 2014 para o serviço de vistoria veicular por um período de 10 anos e valor total estimado na ordem de R$ 58,417 milhões. A licitação teve início em 2 de junho de 2014 e o resultado foi homologado em 3 de fevereiro de 2015.

O delegado titular do CCCOR, Rômulo Figueiredo de Matos, comandou as investigações. Em agosto de 2015, ele abriu inquérito para apurar suspeita de fraude na licitação, mas foi afastado do caso, conforme relatou à Sagres 730