O Goiás iniciou a temporada com um elenco bastante enxuto e com grandes necessidades em algumas posições. A mais carente, sem dúvida, era a lateral-esquerda, que contava apenas com Mário Sérgio como atleta de ofício da posição. Porém, o jovem da base, que assumiria a condição de titular, se machucou dias antes da estreia e deixou o técnico Claudinei Olivera na mão.
A solução foi descobrir algum atleta que pudesse sem improvisado na posição sem grandes perdas e correr atrás de opções no mercado da bola. Assim, o escolhido para assumir a lateral foi o volante Juliano. No mercado, o Goiás chegou a acertar com Fininho, mas exames físicos não agradaram a comissão técnica e o jogador foi dispensado antes mesmo de se juntar ao grupo. Poucos dias depois chegou Lima, lateral do Botafogo, que veio por empréstimo.
Mesmo com um nome já engatilhado, Juliano continuou atuando na lateral enquanto Lima acertava o condicionamento físico. Há duas rodadas atrás, na partida contra a Aparecidense, o jogador foi liberado pelo departamento físico e ficou na relação de jogadores. Mas nem isso tirou a vaga de Juliano, que continuou como titular naquela ocasião e também na última rodada, diante da Anapolina. Tudo isso indica que Juliano vem agradando o técnico Claudinei.
Satisfeito com seu desempenho, o atleta admite que vem evoluindo e se adaptando à lateral, posição que não costumava jogar em outros clubes. “Não é minha praia jogar na lateral, mas estou evoluindo nisso e fico satisfeito em ajudar a equipe. O que importa dentro de um elenco é todo mundo ajudar onde precisar e, se o professor Claudinei continuar me escalando assim, não terei problema em jogar como lateral. A intenção é ajudar o Goiás e continuar jogando”, analisa.
Fora da disputa pelas vagas no meio de campo, pelo menos temporariamente, Juliano vê a concorrência que se armou na posição e diz que jogar no meio está complicado. “A disputa entre os volantes é muito forte, está difícil jogar no meio campo do Goiás. Até por isso, pode ser que eu me firme na lateral, já tem dois anos que estou aqui e agora a chance caiu no meu colo, não posso desperdiçar”, revela Juliano.
O volante, cada vez mais lateral, ainda fez questão de ressaltar que, apesar de sua característica mais defensiva, pode evoluir e ajudar nos apoios ao ataque. “A minha posição de origem me dá uma característica mais defensiva, mas isso não é imutável. Já me soltei mais com essa sequência, hoje eu tenho a capacidade de ir à linha de fundo e cruzar ou tabelar, e continuo trabalhando para apurar essas habilidades”, completa.