O Tribunal de Justiça de Goiás decidiu que a venda e consumo de bebidas alcoólicas está proibida nos estádios espalhados pelo Estado. O documento, assinado pelo Desembargador Walter Carlos Lemos, considerou improcedente o recurso que, até então, impedia a aplicação do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que proíbe o comércio antes, durante e depois das partidas de futebol no Estado.

A Federação Goiana de Futebol (FGF) foi notificada nesta sexta-feira e a medida já está em vigor e será aplicada pelos órgãos competentes em todos os jogos de futebol profissional realizados no Estado. Dessa forma, o duelo deste domingo, entre Goiás e Santos, às 17h, no Serra Dourada, já não terá venda de bebida alcóolicas nos bares. Em entrevista à RÁDIO 730, a Promotora de Justiça, Alessandra de Melo, explicou que acha improvável um efeito suspensivo a tempo para liberar a venda no domingo.

“Decisão judicial a gente cumpre, então não há essa opção de deixar para cumprir no campeonato do ano que vem. Todos os envolvidos na operação, que são a Federação Goiana de Futebol, o Ministério Público e a Associação dos Bares, se não houver efeito suspensivo e não há, tem que cumprir sob pena de crime de desobediência. Eu acho que muito difícil que tenha (efeito suspensivo)”

A proibição da venda de bebidas alcoólicas é tema antigo no Estado e a maior luta é contra as confusões entre torcidas nos arredores do Estádio, seja antes ou depois do evento, algo que está diretamente relacionado, segundo à Justiça, ao teor alcoólico de cada pessoa. Dessa forma, as tradicionais barraquinhas do lado de fora do Serra Dourada também não poderão funcionar daqui para frente.

“Atinge sim, é uma cláusula expressa do Termo de Ajustamento de Conduta. A partir de 3h antes do evento esportivo, já não pode haver venda de bebida alcoólica naquele lugar. O município de Goiânia participou da assinatura desse TAC e ele também tem que cumprir, então nas imediações antes do jogo, ali no estacionamento, e meia hora após o jogo também não poderá haver essa venda. Eu acredito que essa medida é muito salutar”