(Foto: Jordana Agatha / Sagres On)

Senador eleito com 28,23% dos votos (1.557.415), o vereador Jorge Kajuru (PRP) disse em entrevista à Rádio Sagres 730, nesta segunda-feira (5), que dará 100 dias de prazo para o presidente eleito Jair Bolsonaro. A partir deste prazo se o presidente não conseguir dar respostas positivas aos problemas brasileiros ele fará oposição no Senado Federal.

Ele explicou que pediu ao senador Cid Gomes (PDT) para retirá-lo da lista de um bloco de senadores da oposição, porque “não vai jogar contra o Brasil” neste início de governo, sem dar um prazo para o futuro presidente. O futuro senador, observa que no jornalismo gosta de atuar como Millôr Fernandes, que dizia que “jornalismo é de oposição, o resto é armazém de secos e molhado”, mas que na política tem responsabilidade para esperar.

Ressalvando que é amigo do governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) e que tem respeito por ele, disse que vai ser favorável a “100% de suas propostas que forem a favor de Goiás”, mas que vai contestar o que achar que não é bom. Kajuru confirmou que não irá à posse de Caiado a governador, porque não gosta de festas e também porque teria de cumprimentar quem ele não quer cumprimentar.

Ele criticou o senador Wilder Moraes (DEM), dizendo que ele investiu contra sua eleição nos últimos três dias de campanha, em especial entre os eleitores evangélicos. Também fez críticas ao ex-governador Marconi Perillo (PSDB), com que disputou uma vaga de senador. “Eu sabia que ele ia ficar em quinto lugar. Viajei por 120 municípios e percebi a enorme rejeição a seu nome”, disse, reforçando que a rejeição do ex-governador já era grande mesmo antes da Operação Cash Delivery.

Kajuru afirmou que foi um dos responsáveis pela derrota de Marconi: “Eu montei um rádio-caminhão e andava pelas cidades revelando o que tem no meu livro e os documentos que tenho sobre ele”, disse.

O vereador já marcou data para encerrar sua carreira política: será daqui a 8 anos, quando terminar seu mandato de senador. “Vou mudar para Búzios, para viver com minha mulher. Também não serei candidato a prefeito de Goiânia em 2020”, prometeu. Ele diz que está montando um conselho de voluntários para prestar consultoria durante seu mandato. Segundo revelou, os membros de seu conselho serão o ex-senador Pedro Simom, o senador Cristóvão Buarque, que não se reelegeu, um filho do antropólogo Darci Ribeiro, o cantor Ivan Lins, e Diana Leite, professora da UFRJ. “Vou fazer história no Senado”, disse.

Ouça a entrevista na íntegra:

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