O contexto atual do Atlético ainda é de choque, mas o futuro reserva poucas previsões otimistas, já que nem a situação política está resolvida. Na verdade, nem mesmo durante a Série B esse quadro político esteve muito claro, algo que confundiu os jogadores. O atacante Kayke, que ganhou destaque na reta final da competição, confessou ao repórter Rômulo César, da 730, que nunca viu o presidente Valdivino de Oliveira pela frente.
Kayke chegou ao Atlético no dia 5 de Agosto, há quase quatro meses atrás, e sequer chegou a conhecer pessoalmente o mandatário do clube. O jogador destacou que cada pessoa dentro do Atlético tem uma função especifica, mas que alguns não estão cumprindo e quando isso não acontece, a engrenagem pode falhar e comprometer o futuro do clube.
“Eu não o conheço, e eu só falo aquilo que tenho conhecimento, não o conheço pessoalmente e quando assinei o contrato, foi com o Adson. É uma situação complicada, cada pessoa tem uma função dentro do clube e tem que se fazer o melhor para suprir as necessidades. A gente entra em campo para ganhar e fazer o melhor, o treinador tenta montar a melhor equipe e os dirigentes tem que suprir a necessidade do clube e fazer com que o clube ande pra frente”
De qualquer forma, Kayke garante que isso não quer dizer que os jogadores atuaram sem vontade contra o Santa Cruz, no jogo que poderia ter dado o acesso ao Dragão. Sobre o episódio dos cheques sem-fundo, o atacante afirma que não foi um dos afetados, mas que sentiu pelos companheiros que passaram por isso, e não foram poucos. O jogador, que tem dois meses de salário atrasado, férias e 13º para receber, reafirma que o time jogou de forma séria.
“Corpo mole jamais existiu, não acredito nesse tipo de situação pelos jogadores que tínhamos e pela comissão que tínhamos, é uma coisa fora de cogitação. Mas, cada um tem uma forma de sentir as coisas, uns sentem menos, outros mais, e não posso falar pelos outros, mas caso meu cheque tivesse voltado, eu teria ficado chateado com certeza. Foram muitos jogadores, alguns que entraram em campo também”