O apelido de “Xata” não é atoa: a Anapolina sempre foi e, ao que parece, continuará sendo uma pedra no sapato dos times da capital do Estado. E na gestão de Leandro Ribeiro, isso ficou um pouco mais elevado, já que o time voltou para a elite do goiano, terminou esse ano na terceira colocação do Goianão e por pouco, não subiu para a Série C do Campeonato Brasileiro com uma campanha regular na Série D. Mas agora, serão tempos de vacas magras.
Em visita à Rádio 730, o mandatário revelou que a Xata, no momento, só conta com a verba pública, cedida pela Prefeitura da cidade, através do programa Torcida Premiada, e explicou que o rival da cidade, o Anápolis, é uma equipe de maior investimento, por exemplo, por ter uma família mais tradicional no comando. Até por isso, o time virá quase como uma “cópia” do que foi em 2014, com a aquisição de peças pontuais para compor o time.
“Estamos investindo mais em contratações de pouca idade, garotos que, na maioria, não disputaram o Campeonato Goiano. Mantivemos uma base para que o trabalho dê continuidade, a comissão técnica também e estamos trazendo as peças que completam aquelas posições carentes. A gente espera que a equipe seja bem competitiva, que dê liga, e que faça um bom campeonato”
Leandro apontou o atacante Viola, que fez sucesso no Goianão deste ano, como a principal peça da Xata, assim como o volante Felipe Baiano. Leandro explicou as dificuldades atuais foram decorrentes da participação da Rubra no Brasileiro Série D, onde o time esteve a dois jogos da Série C e terminou com um prejuízo de R$400 mil. Por esse receio, mas também por uma reestruturação, Leandro chegou a pedir que não houvesse rebaixamento no Goianão.
“Eu não defendo o não rebaixamento, eu penso que teria um ano que não deveria ter o rebaixamento para que subisse duas equipes da divisão de acesso e colocassem 12 equipes no campeonato. Agora, a Federação tem seus motivos: o calendário é apertado, a CBF tem que lançar a tabela da Copa do Brasil e do Brasileiro, mas acredito que seria possível encaixar 12 clubes. Eu fui zoado quando falei isso no Conselho inclusive pelo meu amigo Newton (Ferreira) que disse que eu voltaria pra Divisão de Acesso”
Foco na estrutura
Desde o ano passado, a Anapolina tem focado muito em construir a própria estrutura: um CT moderno, que está sendo construído por uma empresa em forma de permuta por outra área cedida pelo clube. Leandro Ribeiro explicou que o prazo de entrega desse CT é Dezembro de 2016 e que, a partir daí, a Anapolina poderá ser considerada um clube profissional de fato, formando jogador e dando condições necessárias para os atletas.
“As obras já estão bastante adiantadas, eu diria que estão em 60%. São quatro campos de futebol oficial, sendo um iluminado, tem 15 apartamentos suítes para a categoria de base, sala de imprensa, refeitório, quadra poliesportiva, piscina, enfim, tudo que um centro de treinamento moderno exige para um clube profissional. A redenção da Anapolina será a partir desse momento, onde ela realmente será um time de futebol