Com a chegada da Lei Pelé o futebol mudou muito. Jogadores passaram a cumprir contratos que tem duração de até cinco anos e deixaram de serem presos aos times. Juntamente com a lei surgiu a figura do empresário de futebol, que administra toda carreira do atleta, influenciando diretamente em todas decisões com o clube, como chegada, renovações e saídas, que por muitas vezes são problemáticas.

No Goiás Esporte Clube, dois casos chamam atenção. Zagueiro David Duarte, mesmo com contrato em vigor até final deste ano, já assinou pré-contrato com Fluminense-RJ para próxima temporada, utilizando do benefício da lei, que permite esse ato desde que seu vínculo trabalhistas esteja dentro dos últimos seis meses.

Não vejo como desrespeito ou erro essa atitude, principalmente porque tem cumprido com todas obrigações, inclusive sendo um dos principais jogadores do elenco no campeonato Brasileiro da Série B.

No caso do volante Breno a situação e diferente. Mesmo com o clube precisando, ele não está sendo aproveitado. Não sabemos se por uma decisão dos dirigentes ou dos empresário/atleta.

Independente de quem tomou a decisão eu vejo como muito errada. O clube precisa utilizar jogador até o fim do seu contrato, porque pagará de qualquer forma por isso e no caso do empresário/atleta esses devem ser profissionais e honrarem com o que foi combinado.

Dirigentes precisam ter atenção e arriscar um pouco mais em jogadores promissores, nao podem esperar as promessas virarem realidade. Depois que isso acontece, não tem como segurar mais. Gratidão não faz parte do mundo futebolístico, o que vale é poder de investimento. A concorrência com clubes maiores do Brasil e exterior, é uma luta e desigual. Não tem como vencer.

A Lei Pelé foi ótima para jogadores, que antigamente eram praticamente “escravos” dos times. Agora é preciso ajustes urgentes, para que a Lei não faça dos clubes, os “escravos” dos empresários/atletas.