Neste fim de semana, no dia 21 de outubro, foi comemorado o dia Nacional de Combate a Sífilis. A doença sexualmente é transmissível e contagiosa e caracterizada por cancros ou lesões nas regiões genitais. Desde 2013, o número de casos da doença em Goiás cresceu quase 500%.

Um dado ainda mais preocupante é a falta de procura, por parte das gestantes, do serviço médico pré-natal, como destaca a coordenadora de Infecções Sexualmente Transmissíveis /AIDS em Goiás, psicóloga Milka Prado, que concedeu entrevista exclusiva à 730 na tarde desta segunda-feira (23), no quadro Saúde do programa Cidadania em Destaque. 

“O que a gente tem percebido é que, ano a ano, a taxa de detecção de sífilis tem aumentado gradativamente e de uma forma extremamente preocupante. Além disso, observamos também o aumento de pessoas que não procuram o serviço médico para fazer o pré-natal.

Sífilis é uma doença infecciosa transmitida pela bactéria Treponema pallidum por meio do sexo desprotegido ou transfusão sanguínea. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que é mais contagiosa. Ela se inicia com feridas nos genitais (externo e interno) e outras áreas do corpo como boca e ânus, que podem desaparecer espontaneamente, por isso dá a falsa impressão de cura. A lesão inicial geralmente é única, indolor, limpa de bordas duras (cancro duro) e acompanhada de íngua na virilha. Algumas semanas depois surgem manchas na pele (abdome, tronco, palmas das mãos e plantas dos pés). Se não tratada, a infecção pode causar lesões no cérebro, no coração e nos ossos futuramente. Milka Prado explica qual o melhor caminho para se evitar a enfermidade.

“A prevenção é sempre a melhor forma de se evitar uma infecção sexualmente transmissível. No entanto, a sífilis ainda é mais preocupante porque quando a gestante se contamina, se ela não tratar, pode passar a doença para o feto, e este nascerá com sífilis congênita. A sífilis provoca aborto, morte e mal formação do feto, incluindo cegueira, problemas de audição, outras mal formações neurológicas e até mesmo a microcefalia”

Ainda de acordo com a especialista, o tratamento deve ser feito da forma correta, conforme a fase clínica da doença, que são três no total. E não é só a gestante que deve passar pelo processo, mas também o seu parceiro sexual. Do contrário, a mulher pode ser infectada novamente. O teste para descobrir se tem ou não a sífilis é gratuito e está disponível nas unidades de Saúde do Estado de Goiás.

Quer saber mais? Ouça a entrevista na íntegra

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