O Ministério Público denunciou quinze pessoas acusadas de liderar gangues de pichadores que atuam em Goiânia. O promotor Juliano Cardoso, autor da denúncia, pediu à Justiça o recolhimento domiciliar dos denunciados, nos períodos noturnos e em dias de folga.

Além disso, os envolvidos serão proibidos de comprar sprays, tintas e outros materiais usados para a prática do crime. O promotor explicou que a denúncia foi feita com base em dois inquéritos feitos pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente (DEMMA).

“A nossa ideia é que haja uma mobilização tanto da Delegacia do Meio Ambiente, Ministério Público e Poder Judiciário com o fim de coibir a prática. A própria legislação penal possibilita a conversão dessa medida cautelar em prisão no caso de descumprimento”, analisa.

Todos os envolvidos são acusados de formação de quadrilha, crime ambiental e apologia ao crime. Os setores mais pichados são: Setor Bueno, Jardim América, Centro, Campinas, Parque Ateneu, Novo Horizonte, Nova Suíça e Setor Pedro Ludovico.

Pela rede

O promotor Juliano Cardoso argumentou que os grupos se comunicam por sites de relacionamento e blogs na internet, direcionados aos jovens da capital. Segundo ele, o número de pessoas e gangues envolvidas é muito grande.

“Nós conseguimos levantar que esses grupos possuem mais de 160 integrantes. Então há uma pulverização de vítimas que são incitadas à prática da desordem e pichação. Há mais de 30 grupos em Goiânia”, comenta.

A denúncia do Ministério Público foi encaminhada à Justiça e se aceita, os quinze envolvidos terão a detenção domiciliar decretada durante períodos noturnos e dias de folga.