O presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSB), confia na reestruturação da base aliada ao governador Ronaldo Caiado (DEM) na Casa, já no início de 2021 e aponta que os aliados fiéis ao Palácio das Esmeraldas podem chegar a 26 ou 27 parlamentares.
O número decisivo de 25, necessário para aprovar Propostas de Emenda à Constituição Estadual (PEC), ainda não foi atingido de forma definitiva, apesar das vitórias nas votações desta semana.
Apesar do otimismo para o próximo ano, o presidente da Casa aponta que, para consolidar a base, o governo precisará retomar força política dos articuladores: o líder na Alego, Bruno Peixoto (MDB), e principalmente o secretário de Governo, pasta ocupada por Ernesto Roller.
“Não há dúvida que, de fato, o secretário ficou ausente das conversas na Assembleia neste ano. Não posso dizer que ele foi esvaziado, porque não tenho essa informação, mas é fato que houve essa ausência”, constata o pessebista.
“Falta alguém que faça esse trabalho de articulação e que possa apagar fogos imediatos. O que o parlamentar quer? Ele quer o respeito dos secretários, a condição de ser atendido, mesmo que seja para ter uma resposta negativa, mas que possa ser atendido de fato até porque nós somos cobrados nas nossas bases. O que precisa é que esses problemas não cheguem todos direto no gabinete do governador. Que tenha alguém para filtrar isso e resolver essas questões”, indica Lissauer em entrevista exclusiva ao programa Sinal Aberto Manhã, do Sistema Sagres de Comunicação.
Para jogo
São considerados para substituir Roller na secretaria de Governo o ex-deputado estadual e ainda prefeito de Goianésia, Renato de Castro, e o deputado estadual Tião Caroço. Ambos têm bom trânsito entre parlamentares caiadistas na Assembleia Legislativa.
Decisão pessoal
Oficialmente, Lissauer Vieira prefere não indicar nome para a função de articulação política no governo. “O líder do governo e o secretário têm feito um papel importante, dentro do perfil de cada um deles e suas condições. Esse é um ato muito pessoal e próprio do governador em escolher seu líder e o secretário de Governo. Fica a cargo dele”, afirma.