Durante participação no programa Tom Maior, a terapeuta ortomolecular Cíntia Oliveira abordou sobre a epidemia silenciosa da diabetes tipo 2. Diretamente da Bélgica, onde reside atualmente, Cíntia apresentou seu livro “Diabetes em Remissão – A Revolução da Alimentação Consciente”, que propõe um novo paradigma no enfrentamento da doença a partir da mudança de hábitos alimentares.
“O livro mostra que é possível colocar a diabetes tipo 2 em remissão. Isso é cientificamente aceito desde 2021”, explicou a autora. “A remissão significa ter glicemias normais por três meses consecutivos, comprovadas pelo exame da hemoglobina glicada. E tudo isso se alcança com mudanças no estilo de vida, principalmente comendo comida de verdade”, completou.
Segundo Cíntia, a diabetes tipo 2 é uma doença grave e crescente, profundamente ligada ao estilo de vida moderno. “Hoje, no Brasil, são 16,6 milhões de pessoas com diabetes. E mais de 90% dos casos são do tipo 2. Isso está diretamente relacionado ao sedentarismo e ao consumo excessivo de alimentos ultraprocessados”, afirmou.
Ela destacou que a alimentação é o pilar do tratamento da doença e que, quando negligenciado, o quadro pode evoluir de forma agressiva. “Metade das pessoas com diabetes tratada apenas com medicamentos desenvolve neuropatias, problemas cardiovasculares ou até falência renal. É uma taxa muito alta”, alertou.
Para a autora, a chave está na conscientização: “A mudança de hábitos é libertadora. As pessoas precisam entender que não se trata de uma dieta com início e fim, mas de um novo modo de se alimentar. Comer vegetais, evitar ultraprocessados, priorizar alimentos naturais. Isso é o que transforma”.
Cíntia também chamou atenção para o impacto coletivo da doença, que ela define como uma “doença da família”. “É impossível viver com diabetes sem apoio familiar. Quando uma pessoa muda sua alimentação, toda a família se beneficia. Mas, infelizmente, no Brasil ainda é cultural colocar no mesmo prato arroz, macarrão, batata, farinha e feijão. São muitos carboidratos juntos, e isso eleva o açúcar no sangue”, explicou.
Questionada sobre o termo “epidemia silenciosa”, a escritora reforçou o alerta. “Metade das pessoas com diabetes nem sabe que tem a doença, porque o açúcar alto no sangue não dói. Quando surgem os sintomas, como uma feridinha que não cicatriza ou perda de visão, o dano já está instalado. E a maioria acha que o problema está resolvido com um comprimido, mas a medicação só controla os sintomas, não impede a progressão da doença.”
Além da alimentação, Cíntia ressalta outros fatores fundamentais: atividade física regular e sono reparador. “É um tripé: comida de verdade, movimento e descanso. Isso não só previne a diabetes, como oferece saúde e longevidade.” Ao encerrar a entrevista, a autora deixou uma mensagem de otimismo: “É maravilhoso saber que podemos transformar nosso corpo e nossa saúde com escolhas conscientes. Comer comida de verdade é prazeroso e pode mudar vidas.”
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 03 – Saúde e Bem-Estar
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