Um levantamento realizado pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL-GO), apontou que os lojistas devem sofrer neste ano uma queda de até 50% no faturamento das vendas do Dia das Mães, na comparação com 2019. O levantamento foi feito com 63 Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDLs) de todo o estado, que têm cerca de 30 mil lojistas nas suas bases de dados.
Os impactos da pandemia do novo coronavírus começaram a ser sentidos pelo comercio brasileiro ainda em março, segundo o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC).
As CDLs de Goiás são representadas na esfera estadual pela FCDL-GO. Na enquete, os presidentes de CDLs foram questionados sobre a possibilidade de queda no faturamento deste Dia das Mães. Para 66% dos entrevistados, as vendas vão cair entre 20 e 50%. O cenário é de pessimismo. Todas as CDLs goianas descartam a possibilidade de aumento no faturamento.
Segundo a pesquisa, para conter as perdas, os lojistas estão dispostos a oferecer descontos ao consumidor. Quase 45% das CDLs calculam que os comerciantes darão de 10 a 20% de desconto nas mercadorias. Para 10% das Câmaras de Dirigentes Lojistas goianas, os descontos no comércio neste Dia das Mães vão passar de 20%.
De acordo com os dados levantados pela pesquisa, o desconto nas compras é a principal estratégia de 53,7% dos lojistas que as CDLs estão percebendo neste ano. Os investimentos em propaganda e o parcelamento sem juros aparecem empatados em segundo lugar, com 39%. A entrega grátis das compras aparece com 22% e até sorteio de brindes com 12,2% dos lojistas, também foram citados pelos presidentes das CDLs.
Ainda de acordo com o levantamento da FCDL-GO, 61% das Câmaras de Dirigentes Lojistas sinalizam que o prazo médio oferecido pelos comerciantes de suas cidades nas vendas a prazo será de 30 a 90 dias. Apenas 12,2% das CDLs estimam vendas com prazo mais longo, de 120 a 180 dias.
Dia das mães
A segunda data mais importante para o varejo é o Dia das Mães, ficando atrás apenas do Natal. “No comércio, será um Dia das Mães sem precedentes. O isolamento social e a própria situação econômica do Brasil impuseram um enorme desafio para os lojistas neste ano. Para não ficar com a mercadoria parada no estoque, eles tiveram que adotar novas estratégias para atrair o consumidor e, ao mesmo tempo, dosar, da melhor forma, as perdas inevitáveis que todos nós estamos tendo com a pandemia da Covid-19”, conclui o presidente da FCDL-GO, Valdir Ribeiro.
