A senadora Lúcia Vânia (PSB) concedeu nesta segunda-feira (26) uma entrevista exclusiva à Rádio 730. Na ocasião, a parlamentar comentou a atual situação do governo Temer em Brasília e as articulações dos partidos, no âmbito regional, para as eleições de 2018.

Ao fazer uma análise sobre as articulações políticas postas a nível estadual, Lúcia Vânia assinala que nenhum pré-candidato ao governo do estado pode ser considerado um nome consolidado. “Eu não sei se o José Eliton, por exemplo, está consolidado. As pesquisas apontam para nomes mais conhecidos. O resultado das eleições vai depender muito da aprovação ou não da reforma política. Opinar sobre qualquer candidatura antes da reforma ser ou não aprovada é muito difícil”, declara.

Ainda de acordo com a senadora, as eleições do ano que vem podem mostrar mudanças no perfil do eleitor brasileiro por causa da Operação Lava Jato. “Após a Lava Jato, dificilmente as obras vão alavancar qualquer candidato. A Lava Jato tem como grande mérito o fato de que a população acordou e viu que as obras construídas nos municípios são fruto dos impostos pagos pelo povo”.

Em virtude das delações premiadas apresentadas pelos donos do frigorífico JBS – Wesley e Joesley Batista – à Procuradoria Geral da República (PGR) – a permanência do presidente Michel Temer (PMDB) no poder tornou-se incerta. Entretanto, mesmo acusado de cometer crimes como corrupção passiva e formação de quadrilha, o presidente não perdeu seu principal apoiador, O PSDB.

Questionada sobre a posição de seu antigo partido em relação a Temer, a senadora não negou que se sentiria incomodada caso ainda fizesse parte do PSDB. “Eu no lugar do Temer renunciaria. O PSDB está extremamente dividido em relação à essa questão (permanência na base governista). Eu ficaria desconfortável, mas, de qualquer forma, eu não poderia dizer que meu partido (PSB) não está contaminado”, afirma.

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O PSDB decidiu manter o apoio a Michel Temer durante uma reunião da executiva nacional do partido, realizada no dia 12 de junho. O evento, que durou mais de quatro horas, teve a participação de governadores, dirigentes estaduais, senadores e deputados.

Ouça a entrevista na íntegra:

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