Nas reuniões realizadas na comissão de reforma política, a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) declarou que vai continuar com a agenda pré-estabelecida, e que alguns temas já foram trabalhados, como a mudança da posse dos Governadores e Presidente da República que será mudada a partir de 2014.
“Não mais no dia 01/01, pois evita que chefes de Estado venham à posse do Presidente da República. Essa mudança para o dia 10/01 para governadores, e 15/01 para presidente da república”.
Sobre a questão de suplente de senador, a senadora afirmou que esta área não houve grandes avanços, e que foi resolvido que ao invés de dois suplentes, tenha apenas um, e que o senador substitui, mas não sucede.
“Ele tem que renunciar ao cargo para se candidatar a governador. Mas se ele for convidado a ser ministro, ele será substituído”, relata.
Em relação ao tema mais polêmico que foi discutido sobre a questão do voto proporcional para deputados e vereadores, Lúcia Vânia relatou que o PSDB defendeu o voto distrital misto, que é dividir o estado em distrito e o candidato trabalhar apenas no seu distrito, no entanto, foi um voto vencido.
O voto vitorioso foi o da posição do PT, que é o voto proporcional, como acontece hoje, mas em lista fechada. Significa que o partido define uma lista pela ordem que ele achar importante e o eleitor vota nesta lista, e não no candidato. “Na minha visão é o pior, porque vai ser uma ditadura de partido”, opina a senadora.
Ela destacou que também foi discutido o voto facultativo, e que particularmente o seu desejo e de muitos outros senadores era que o voto facultativo vencesse, mas segundo a senadora, infelizmente foram vencidos e permaneceu o voto obrigatório.
“O voto facultativo facilitaria o voto de opinião e demandaria o candidato uma ação e proposta de trabalho mais efetiva. Ele teria que convencer mais o eleitor”, explica.
Próximos temas
Na próxima reunião será trabalhado o financiamento eleitoral e partidário, considerado outro tema muito polêmico.
“Há um grupo que quer o financiamento público de campanha, e outro que acha que tem que ter o financiamento misto, permitindo que o privado participe. Eu acredito que acabe vencendo o financiamento como é hoje. A minha posição é que continue como está desde que haja uma fiscalização mais intensa e um limite de recursos, para que a gente possa ter uma igualdade de oportunidades”, comenta Lúcia Vânia.
A tucana ainda colocou em discussão a candidatura avulsa, a filiação partidária e o domicílio eleitoral, a fidelidade partidária, e por fim, a cláusula de desempenho, que serão objetos das próximas reuniões.
Sudeco
Sobre a Sudeco, Lúcia Vânia declarou que a Presidenta está aguardando a definição do segundo escalão, pois segundo o que é colocado, ela gostaria de escolher todos os ocupantes do segundo escalão de uma só vez.
“Acho que ela está tendo algum impasse em relação à Sudeco, porque há um pleito que deve estar trazendo certa dificuldade para ela definir. Isso é o que eu imagino. Segundo as lideranças do PMDB, o nome do ex-prefeito Iris Rezende estaria praticamente definido”, relata.
A senadora afirmou que a Sudeco está totalmente pronta para ser instalada.
“O ano passado tivemos problemas porque não tínhamos o quadro de pessoal. Consegui aprovar o quadro de pessoal, e o projeto foi sancionado. Se for escolhido o Iris, provável que ele deva impor algumas condições como, por exemplo, instalar a Sudeco e paralelamente instalar o banco, o que é fundamental e acredito que a pessoa que for assumir, terá que lutar com muita força para instalação do Banco do Desenvolvimento do Centro-Oeste, o braço operacional da Sudeco”, completa.