Na manhã desta segunda-feira (10) está previsto para ocorrer na Assembléia Legislativa a sessão extraordinária para que os deputados estaduais votem o projeto para Reforma Administrativa do Estado. O Poder Executivo encaminhou três projetos de lei que alteram a organização da administração direta, autárquica do Governo de Goiás. A oposição entende que é preciso ter cautela nessa votação.

O deputado estadual Luís César Bueno (PT), utiliza como argumento a situação do funcionalismo público estadual, que ainda não recebeu o salário de dezembro. “A bancada do PT tem acompanhado as movimentações do governo que inicia a sua gestão um pouco preocupada, porque o funcionalismo público está sem receber até hoje. Nós entendemos que é necessária uma força-tarefa, um esforço do governo para resolver esse problema”, comentou o deputado, em entrevista à RÁDIO 730.

Luís César Bueno ressaltou que a oposição não criará grandes empecilhos na votação da Reforma Administrativa, inclusive por uma estratégia política. “Nós queremos nos debruçar sobre essa reforma e aprovar aquilo que for bom para o Estado, e for bom para o povo goiano e não pretendemos criar nenhum obstáculo, tendo em vista que qualquer ação contrária à gestão que pode inclusive atrasar a folha, pode ser usada contra a oposição lá na frente”, disse o petista.

Para ele, os projetos para a Reforma servem para a nova administração estadual tentar concretizar promessas feitas durante a campanha eleitoral. “Pelo visto o governo pretende cumprir com os seus compromissos de campanha, enxugar alguns órgãos e ampliar os outros, o que é trocar seis por meia dúbvzia. No fritar dos osvos, nós não estamos vendo nenhum enxugamento, o que nós estamos vendo é que o governo tem compromissos muito amplos”, afirmou.

“Para ganhar a eleição teve que negociar com diversos partidos, fazer vários compromissos, e ele está tentando agora institucionalizar legalmente os compromissos políticos que ele fez, apesar de nós acharmos que mesmo assim ele vai ficar devendo muito, porque ele fez muitos compromissos que não vão dar conta de cumpri-los”, concluiu Luís César.