A Comunicação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva já trabalha para desfazer ações tomadas na gestão de Jair Bolsonaro. O futuro secretário de Comunicação Social, deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) anunciou nesta sexta-feira (30) que separará as operações de duas TVs estatais. Outro anúncio do secretário é a manutenção de lives, mas com mudanças em relação ao modelo feito semanalmente por Jair Bolsonaro.

Paulo Pimenta também explicou que Lula deve realizar lives, mas em modelo diferente ao realizado por Jair Bolsonaro. O futuro secretário disse que ainda será montado um plano de comunicação para saber a periodicidade e como a live deve ser feita.

Pimenta, no entanto, reforçou que o futuro governo pretende retomar trabalho de comunicação junto à imprensa. “Vamos retomar o trabalho junto a imprensa, pois é um trabalho fundamental e o governo fará isso”, disse em entrevista à CNN Brasil.

A Secretaria de Comunicação é responsável, entre outras funções, por formular e implementar a política de comunicação e de divulgação das ações e dos programas do governo federal, além de cuidar do relacionamento com a imprensa.

Separação de TVs estatais

De acordo com Pimenta, a ideia é retomar modelo adotado durante os governos do PT, quando a emissora pública, TV Brasil, e a governamental, NBR, atuavam de formas independentes.

Em entrevista à CNN Brasil, o futuro secretário argumentou que a TV Brasil foi pensada para ser uma TV pública, com programação variada, enquanto a NBR foi estruturada para veicular a comunicação oficial do governo, como solenidades e lançamentos de políticas públicas.

A TV Brasil foi criada em 2007 para garantir a veiculação de conteúdos nacionais de natureza pública/não estatal e independente.

A NBR, por sua vez, estava no ar desde 1998 e é a emissora estatal de televisão do governo. Atualmente os canais estão a cargo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

A tentativa de anular a fusão não é recente, está em andamento na Câmara dos Deputados um decreto legislativo, tentando revogar a medida. O processo está parado. O Ministério Público Federal também moveu ação judicial para revogar a fusão.

Leia também

Para 42% dos brasileiros, saúde deve ser prioridade de Lula

Bolsonaro faz live de despedida, critica ato terrorista e se diz perseguido no governo