A Pesquisa Mapa da Violência 2011 aponta que o número de motociclistas mortos em acidentes de trânsito aumentou 754% em dez anos no Brasil.

Em 1998, foram 1.047 mortes. Em 2008, esse número subiu para 8.939 mortes.

Entre os motivos desse crescimento, para o presidente da Associação Nacional do Transporte Público em Goiás (ANTP–GO), Antenor Pinheiro, está no aumento da frota de motos, que foi de 368,8% na década, a fragilidade do tipo de veículo e a má formação dos condutores.

“As pessoas estão substituindo o transporte coletivo pelas motocicletas em função das dificuldades que o transporte urbano no Brasil está enfrentando, e a moto, por ser um veículo bastante frágil, permite mais agilidade e o excesso de infrações, e cada vez mais expõe ao risco quem está conduzindo”, explica.

O Brasil está entre os dez países com os maiores índices de mortalidade no trânsito. Para Antenor, grande parte do problema pode ser resolvida por ações governamentais.

“Goiás está em um patamar muito crítico, e precisamos de uma resposta do poder público. A legislação precisa sofrer um refinamento, um aperfeiçoamento no Congresso Nacional, os Estados precisam criar seus programas de segurança diária, e principalmente os municípios”, argumenta o presidente.