O deputado federal Sandro Mabel (PMDB) foi o entrevistado do Jornal 730, 1ª edição, desta terça-feira (29). O goiano reiterou seu desejo de assumir a liderança do partido na Câmara. O pmdebista tem experiência de seis anos na função, porém quando ainda estava no PR.

Sandro Mabel disputa a eleição para líder do PMDB no próximo domingo (3), ás 18 horas, em um dos plenários da Câmara, que ainda não foi divulgado. Além dele, concorrem ao cargo o carioca Eduardo Cunha e o gaúcho Osmar Terra. O goiano garante ter pelo menos 41 dos 79 votos e tem a expectativa de que este número chegue a 45, caso receba o apoio de quatro deputados mineiros que ainda não revelaram em quem irão votar.

O político goiano afirma que visitou vários estados desde o dia 5 de janeiro, para conversar com deputados do PMDB, que votaram na eleição do próximo domingo.

O grande adversário de Mabel nesta disputa é Eduardo Cunha. O deputado goiano ataca a base do carioca, colega de partido. “Eles são de um grupo de pessoas um pouco excluído dentro do PMDB. Estão procurando a liderança pelo poder. Eles não têm a preocupação de construir,” critica. Mabel garante que tem o apoio da presidente Dilma Rousseff e confia na vitória ainda no primeiro turno.

Um dos fortes argumentos usados por Mabel para pedir votos é o projeto para uma nova divisão dos royalteis do pré-sal. De acordo com ele, a chapa de Eduardo Cunha tem a intenção de protelar a votação da proposta, pois isto beneficia o Rio de Janeiro, estado que luta contra a mudança.

Sandro Mabel iniciou sua carreira política no PMDB. Depois de passar por outras legendas está de volta à sigla. O deputado diz que no início este fato atrapalhou um pouco, mas que a experiência adquirida como líder do PR na Câmara, tem pesado a seu favor na eleição para ser a liderança do PMDB.

Golpe das creches
O nome de Sandro Mabel aparece no inquérito da Polícia Federal em um esquema de contratação de funcionários fantasmas por parte de gabinetes de deputados federais. A quadrilha faz contato com pessoas humildes da periferia da Capital Federal e oferece a possibilidade de receber benefícios sociais como creche, alimentação e vale transporte.

Com a contratação, teoricamente legal, a quadrilha ficava com o salário e os ‘fantasmas’ com os benefícios do contrato.
Sobre o caso, Sandro Mabel alega que foi vítima de um funcionário que falsificou mais de 80 assinaturas. Esta pessoa participaria do esquema, em conluio com servidores do departamento de pessoal da casa.