O Comando de Policiamento Ambiental realizou a Operação Carnaval 2017 entre os dias 23 de fevereiro e 1º de março. Durante o período, houve bloqueios, abordagens a pessoas e vistorias em veículos terrestres e náuticos em todas as regiões do estado de Goiás.

No quadro Meio Ambiente do Cidadania em Destaque desta terça-feira (7), o Subcomandante do Comando Ambiental da Polícia Militar, Tenente Coronel Castro, destacou o balanço da operação, com ênfase para os município de Cidade de Goiás, Três Ranchos, Caldas Novas, Aruanã e regiões das Serras da Mesa e do Facão.

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“Nestes locais tivemos um total de 1.220 ocorrências atendidas, 23 pessoas foram presas em flagrante, foram registrados sete TCO’s, 13 apreensões de armas de fogo e 86 cartuchos. Nós visitamos 105 acampamentos, duas fazendas, abordamos 1.038 veículos terrestres, 75 embarcações e 2.153 pessoas abordadas pelas nossas equipes”, enumera.

Entre as principais ocorrências deflagradas, o Ten. Cel. Castro destacou a pesca, que é proibida durante o período da piracema ou defeso, época em que os peixes nadam rio acima para realizarem a desova. Mais de 90 redes de pesca predatória foram apreendidas.

“Várias pessoas foram flagradas pescando, algumas em grande quantidade. Nós fizemos a apreensão de 210 kg de pescado, nestas regiões, e degradação em geral ao meio ambiente. As pessoas acampam e cortam madeiras, sujam os rios”, afirma.

Segundo o Coronel Castro, uma resolução que data de 2013 proíbe a pesca durante o período do defeso, além do transporte de espécies não ornamentais. “Peixes nativos não podem ser transportados em nenhuma situação. Agora que já encerrou o período da piracema, ele pode ser pescado no local, na quantidade de até 5kg por pessoa, e consumido no próprio local”, reitera.

Para realizar a pesca, é preciso portar uma autorização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima). O Ten. Cel. Castro destaca também uma prática definitivamente sem permissão: a caça.

“Ainda há pessoa que têm a caça como hobbie e é terminantemente proibido. Nós não permitimos, além de estas pessoas utilizarem armas que são proibidas e restritas para cometer este crime, e degradam a nossa fauna e a nossa flora goiana do Cerrado”, ressalta.