Em Goiás, boa parte dos municípios já vacinam jovens acima de 18 anos, inclusive as cidades maiores, como Goiânia e Aparecida. Porém, a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, detalhou em entrevista à Sagres que 648 mil pessoas com 30 anos ou mais não tomaram nem a primeira dose no Estado, sendo 5 mil pessoas acima de 60 anos.
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“Nós não podemos deixar de vacinar os adultos, os mais velhos, porque estes têm maior risco de internação e de óbitos. Então a orientação é finalizar esse grupo, fazer repescagem, fazer busca ativa e aí avançar para outras faixas etárias”, declarou a superintendente que ainda contou que cerca de 250 mil pessoas estão atrasadas para a aplicação da 2ª dose.
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A informação é revelada no momento em que alguns municípios pedem autorização para iniciar a imunização em crianças e adolescentes, entre os 12 e 17 anos. Flúvia explicou que isso deve ocorrer, mas apenas quando todas as pessoas acima de 18 forem vacinadas. Além disso, quando for a vez dos adolescentes, a prioridade será dada para pessoas com deficiência e privados de liberdade.
Para incentivar a vacinação entre os adultos, o Comitê de Operações de Emergência (COE) já estuda algumas estratégias, porém, antes, é preciso identificar o motivo da não vacinação. “Temos diversas possibilidades, como não ter conseguido acesso, ou do município ainda não ter chegado ou pulado a faixa etária e a última é de uma possível recusa por parte deste cidadão. A gente levará para a discussão no COE, que é deliberativo, ou seja, são os gestores que tomarão a decisão após a indicação. A gente espera, sinceramente que sejam poucas pessoas recusando”.
Mudança na distribuição
Após solicitação dos municípios, durante reunião da Comissão de Intergestores Bipartite (CIB), foi pactuado que as entregas feitas pelo Governo de Goiás às prefeituras não ocorrerão mais sempre que chegar uma nova remessa.
“As entregas têm sido muito fragmentadas, então as remessas serão semanais. É importante salientar que, felizmente, temos recebidos remessas maiores. Agora, se os municípios ficarem sem doses, será feita uma avaliação regional e nós vamos tentar manter todos abastecidos, vamos avaliar cada caso, mas a ideia é melhorar a organização e logística”.
Pandemia não acabou
A superintendente mostrou preocupação em relação ao comportamento das pessoas que param de usar a máscara. Flúvia alertou que, apesar da tendência de queda de casos e mortes, não dá para prever o comportamento da Covid, até pelo pouco tempo convivendo com a doença.
“A gente não pode subestimar a capacidade desse vírus mesmo com população totalmente vacinada. Nós precisamos fazer com que a queda seja sustentada e para isso precisamos de vacina e responsabilidade individual, para que tenhamos um melhor coletivo”.
Assista a entrevista no Sagres Sinal Aberto: