Pelo segundo ano consecutivo, o Vila Nova viverá momentos de ansiedade e tensão na reta final da primeira fase do Campeonato Goiano. Diferente de outras épocas, o torcedor terá que ter paciência e empurrar a equipe em busca das vitórias para livrar o clube de um vexame histórico que seria o rebaixamento, dentro de campo, a segunda divisão do campeonato estadual.
No dia a dia, a chegada de Sidney Moraes tirou o departamento de futebol do clube, de uma maneira geral, da zona de conforto. Melhora no condicionamento físico do grupo e uma ação para unir ainda mais a equipe foram as alternativas. A competitividade aumentou nos treinos, a intensidade nem se fala…
No entanto, eu vejo este momento de crise como mais uma oportunidade de aproximação das alas do Vila Nova. É fato que o planejamento feito não deu certo. Talvez, a ideia não foi executada com eficiência pelo profissional contratado para executa-la: Lúcio Antônio Rodrigues. Ou os instrumentos oferecidos Depois do treinador, é natural que ele seja responsabilizado pelos fracassos do time neste primeiro semestre.
Lúcio contratou 15 jogadores para a primeira parte desta temporada e lançou inúmeros garotos que notoriamente sentiram a pressão de ganhar a oportunidade em um time sem uma boa estrutura montada. Entre esses jogadores, o goleiro André Luis, o zagueiro Ailson e os atacantes Soares e Rafael Oliveira demonstraram qualidade. Alan começou bem, sentiu o púbis e agora se recupera. Netinho e Guilherme sofreram e sofrem com consecutivas lesões musculares. Os demais pouco acrescentaram. Talvez, com o conjunto, uma estrutura montada, poderiam reder mais.
Desde o princípio, Newton Ferreira manteve o discurso que comandaria a área do futebol e ninguém tocaria em seu auxiliar. Se o conselho exigir a saída de Lúcio, Newton cumprirá suas promessas ou mais uma vez peitará todos assumindo os ônus e os bônus? O descontentamento com o trabalho realizado não está somente no Deliberativo. Ele já chegou ao seio do grupo gestor. Antes que a tempestade vire algo pior, é a hora de trabalhar de um clube sem rostos. O Vila Nova precisa da paz para pensar o futuro num aspecto “macro”, só resultados efêmeros não trarão a paz necessária para crescer.