A seleção brasileira está em reta final de preparação para a estreia na Copa América, marcada para o próximo domingo, às quatro da tarde, em La Plata, contra a Venezuela. A numeração oficial dos jogadores seria divulgada neste domingo, mas a comissão técnica optou por divulgar apenas na terça, já que, após enviada a lista, não se pode trocar nenhum jogador por problemas de contusão, com exceção dos goleiros.
O técnico Mano Menezes deve optar por uma formação mais ofensiva para a estreia na competição, com três atacantes. O treinador revelou que o time já está começando a evoluir coletivamente:
“Foi o primeiro treinamento mais completo em termos táticos com a formação que está mais próxima da que vamos usar na estreia. Logicamente que de agora para frente, vamos evoluir com a idéia, afirmá-la, fazer correções, ajustes necessários em relação a movimentação dos homens de lado, os mais ofensivos, Robinho e Neymar, para que quando a equipe fique sem a bola, nós não sejamos vulneráveis, porque logicamente é uma formação ofensiva”, explicou.
Questionado pela equipe da RÁDIO 730, diretamente da Argentina, se esse esquema com quatro jogadores chegando constantemente no ataque seria apenas contra a Venezuela, Mano revelou que pretende usar essa formação até contra um provável confronto com a Argentina:
“O desempenho da seleção é que vai me dizer isso dentro de campo. Nós já jogamos assim, por exemplo, contra a Holanda, que é um adversário de ponta. Não conseguimos vencer, mas a equipe se comportou bem na segunda parte do jogo. Então, vai dando a idéia de que você pode fazer isso contra todos os adversários. O mais importante é o posicionamento dos jogadores dentro do campo”, ponderou o treinador.
Em relação ao desempenho de Neymar como titular da seleção brasileira, Mano Menezes acredita que o jogador já está bem mais maduro: “É bem provável que a seleção dependa menos do Neymar, porque existem jogadores de alto nível capaz de competir com ele por essa responsabilidade. É mais difícil você sempre ter que ser o mais importante ou o mais decisivo. Depende um pouco do equilíbrio entre consciência e maturidade, que ele vai adquirindo nas competições. Certamente ele já está muito mais maduro, depois de uma Libertadores muito dura que ele acaba de conquistar com o Santos”, finalizou o comandante da seleção brasileira.