Ao entrar em campo nesta 35ª rodada do campeonato Brasileiro da série B contra a equipe do Sport-PE. O goleiro Márcio conquista a marca histórica de 400 jogos pelo time atleticano.

O goleiro rubro-negro é titular do elenco há sete anos desde a chegada do atleta no clube em 2007. Márcio atualmente com 32 anos, já conquistou marcas importantes, como o título da série C em 2008, o acesso para a série A em 2009, além de três campeonatos estaduais em 2007/2010/2011.

Em entrevista exclusiva ao repórter Juliano Moreira, da Rádio730 o ídolo rubro-negro falou sobre este momento que vive dentro do clube rubro-negro que busca sair de um possível rebaixamento para série C.

“É um momento muito especial da minha carreira, da minha vida. 400 jogos é uma marca muito difícil de ser alcançada. Vivemos um momento complicado no clube, mas tenho a plena confiança que possamos sair dessa situação”, disse.

Natural de Aracaju, no Sergipe o goleiro atleticano revelou qual jogo marcou a carreira do atleta nestes sete anos que vem defendendo o clube goiano. Márcio que iniciou a carreia como atleta profissional pelo Bahia.

 “O jogo que tenho muito bem gravado na mente e no coração, foi em 2010. No último jogo contra o Vitória quando permanecemos pela primeira vez na série A. Onde todos achavam que íamos cair, e fora de casa conquistamos um resultado que nos deixou na primeira divisão. Esse jogo foi realmente marcante. Foi marcante para mim porque foi em Salvador, a cidade onde eu comecei o futebol e tenho familiares”.

Um jogo que nem gosta de lembrar, o ídolo rubro-negro disse: “Foi em 2007 quando cheguei. Contra o Barras-PI que jogávamos por uma vitória e não conseguimos vencer pra subir para série B aquele ano. Então esse é o jogo eu gostaria de esquecer”.

O clube que passa por um momento difícil nesta série B, com salários atrasados. Márcio explicou que teve de abrir mão de parte do salário para permanecer no time goiano.

“Para continuar no atlético baixei bem meu salário. Inclusive tenho salários a receber ainda. Então me sinto até chateado quando ouço dizer que ganho muito, até parece que faço algo ruim. Todo mundo tem o que merece e se tenho o que tenho hoje eu fiz por onde”, comentou.

REFERÊNCIA DENTRO DE CAMPO

Jairo Araújo, técnico que comandou o Atlético em 2012 é uma das referências apontadas pelo ídolo rubro-negro dentro de campo. Márcio revela que, Jairo é um exemplo e sempre é utilizado como exemplo antes de uma partida importante.

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Márcio revela que tem o ex-técnico Jairo Araújo como referência (Foto: Léo Iran/Portal730)

“Jairo Araújo, treinador ele para mim é uma referência como ser humano e profissional. Um cara que eu assistia a jogar em condições que ninguém acreditava que poderia. E quando ele (Jairo) entrava em campo ele dava a vida. Ele (Jairo) é uma das pessoas que sempre que eu vou falar para o grupo que precisamos acreditar, que eu já vi Jairo jogar com musculo aberto de 2 a 3 cm e a só íamos saber disso dois ou três dias depois. Quando ele já estava se recuperando. É um cara que se eu tive o privilégio de jogar como jogador é o Jairo Araújo”, disse.

ESPECULAÇÕES?

Márcio revelou que teve muitas especulações. Uma que o atleta ressaltou foi a do ano de 2008 quando o time estava jogando pela Copa do Brasil contra o Grêmio-RS e teve um bom resultado dentro de campo ao eliminar o tricolor gaúcho na casa do adversário.

“Recebi. E sempre que se faz um bom trabalho, às vezes as pessoas se identificam muito quando se está atuando e permanecendo. Isso ajuda para que apareçam algumas coisas. E todo final de ano existe especulações, mas eu (Márcio) lembro bem que uma das propostas que eu mais tentadora que tive foi a do Grêmio. Na época que jogamos contra o Grêmio no Olímpico e fizemos um bom jogo e consegui fazer um gol de falta e eliminamos o Grêmio lá. Depois disso, o Grêmio veio a minha procura. Realmente foi muito tentador aquele momento. E se eu tivesse caído na tentação durante esses quatro ou seis jogos eu não estaria dando esta entrevista e feliz de estar aqui”, disse.

Por fim, Márcio revelou o porquê de ter continuado no Atlético e recusado a proposta do time gaúcho. “Para ser um grande profissional, não precisa estar em um grande clube ou renomado. Precisa estar em um clube que te de um suporte e você goste de estar. E fico feliz de ter decido ficar aqui no atlético este tempo todo”, concluiu.