Na tarde desta sexta-feira (11), o programa Debates Esportivos, da Rádio 730, foi feito direto do CCT do Atlético, no Setor Urias Magalhães. Participaram do programa o diretor de futebol do Atlético, Adson Batista, e também o treinador rubro-negro, Marcelo Cabo.

Com o fim da temporada e a ótima campanha que o Atlético tem feito na Série B, é inevitável falar sobre renovação e contratação de atletas e da manutenção do técnico do clube. Adson Batista e Marcelo Cabo falaram sobre como andam as negociações, sobre o momento que o Dragão vive na competição e sobre as pretensões do time para o ano que vem.

O Atlético é o atual líder da Série B do Brasileirão, com 67 pontos, e foi o primeiro time a garantir o acesso à Série A de 2017, com três rodadas de antecedência. Além disso, o Dragão Campineiro poderá conquistar o título inédito da Segundona neste sábado, dia 12, caso vença o Tupi, a partir das 19h30, no Estádio Olímpico.

RENOVAÇÃO COM MARCELO CABO

“Vivemos um momento fantástico, eu espero que seja duradouro. Evidente que ano que vem nossa responsabilidade será muito grande, mas não tenho medo de desafios. Já estamos fazendo reuniões, como ontem com o Marcelo e nossa comissão. O Marcelo Cabo é uma pessoa muito fácil de se relacionar, por isso ele está se dando bem no Atlético”, disse Adson.

“Ele (Cabo) tem manifestado o interesse de ficar, acho que ele tem que fazer uma Série A no Atlético para mostrar que não foi por acaso essa campanha. Se surgir uma proposta que não tenha como ele recusar, é normal, ele vai sair pela porta da frente, nós já conversamos sobre isso. Eu sinto, pelas nossas conversas, que ele vai continuar no Atlético”, disse Adson.

CASA DO ATLÉTICO

“Nós queremos criar raízes no Olímpico, estamos fazendo um vídeo para mostrar que o estádio tem nível de Copa do Mundo e condições de receber partidas contra times como Internacional, Grêmio, Atlético Mineiro, Santos, Cruzeiro…”, contou o diretor de futebol.

“Nós precisamos crescer e melhorar muito. Vamos trocar todo o nosso (CCT) gramado, vamos melhorar nosso centro de recuperação. Não temos recursos, mas tudo aqui foi feito assim, sempre começamos e terminamos as coisas”, contou o diretor de futebol.

ELENCO PARA O PRÓXIMO ANO

“Nós vamos tentar, sem fazer leilão e sem sair da nossa realidade financeira, manter uma base. Esse time do Atlético, da maneira que está jogando, no nível de competitividade, tem condição de disputar uma Série A. Lógico, temos que trazer uns três, quatro jogadores para elevar o nível, mas temos condições de fazer um trabalho como a da Chapecoense, na qual nos espelhamos. Acho que o Estádio Olímpico vai criar um ambiente para termos nosso caldeirão, para ficarmos mais fortes em Goiânia. É um momento muito importante para o Atlético e não podemos perder a oportunidade de chegar a 2019 na Série A, esse é nosso maior desafio, passar o deserto. Nós temos que jogar a Série A com responsabilidade, ser um time enjoado, esse é o perfil que nós queremos buscar”, declarou Adson.

“O primeiro objetivo é manter a base. Nós vamos trabalhar no Campeonato Goiano com um elenco enxuto, para posteriormente buscar as contratações pontuais. Evidentemente, nós vamos que contratar alguns jogadores agora, porque é impossível montar equipe em cima do campeonato. Com as saídas, teremos que contratar no mínimo dez jogadores, porque é esse número que deve sair. Tem jogador que não vai continuar, é normal”, declarou Adson.

FALA, PROFESSOR

“A torcida do Atlético é uma torcida que prestigia sua região, é a característica da torcida. É muito bonito quando chegamos para jogar no Olímpico e a torcida toda à pé. É uma torcida família, que se sente muito mais à vontade no Olímpico. Ainda bem que liberaram o estádio, em quatro jogos, faremos mais de 40 mil pessoas”, frisou Marcelo Cabo.

“No momento, estou muito focado na conquista inédita da Série B. Eu tenho conversado frequentemente com o Adson, existe o desejo do Atlético na minha permanência e existe meu desejo na permanência. Estou muito feliz aqui, falar do Atlético é chover no molhado, tenho falado de tudo o que o time me proporcionou. Primeiro o convite do Adson e depois a estrutura que ele me ofereceu. O Adson hoje não é mais meu gestor, é meu amigo, meu grande parceiro”, contou o treinador.

“Eu tive propostas concretas para sair do Atlético durante a competição e ele (Adson) foi o primeiro a saber da proposta e falei para ele que eu ia concluir o ciclo até o final do campeonato, porque era muito importante para ele, para mim e para o clube. Nós vamos sentar e conversar, tudo aquilo que seja bom para o Atlético e para mim e, se tudo ocorrer bem, a gente permanece”, disse Cabo.