Um dos maiores ídolos recentes do Atlético é o goleiro Márcio. O jogador, de 32 anos, tem quase 370 jogos com a camisa rubro negra, além dos gols que marcou de falta e pênalti. O problema é que nos últimos jogos o goleiro tem sido bastante criticado pela torcida. Ele revelou ao repórter Juliano Moreira, da Rádio 730, que mesmo com as críticas ele não pensa em se aposentar, mas ressalta que pode deixar o Atlético no final do ano.
“É claro que eu acredito muito em ciclos, o meu pensamento é colocar o Atlético de volta na Série A, mas não sou eu que vou colocar, preciso da ajuda de todos. Em dezembro eu vou sentar com a diretoria e repensar tudo, se é benéfico para o clube, se é benéfico para mim, porque eu parto do princípio que se você não pode ajudar, também não atrapalha. Se eu sentir que estou atrapalhando no Atlético, eu saio pela porta da frente,” explicou.
Márcio diz que busca inspiração no goleiro Harlei, que está no Goiás desde 1999. Para ele, o goleiro esmeraldino mostrou personalidade para enfrentar os problemas. “Eu tenho pelo Harlei uma admiração muito grande e eu copio muita coisa dele. Como ele já passou por isso e passou bem, tem a idade que tem e é o goleiro que é, conquistou o que conquistou porque ele teve personalidade para isso. Eu estou tentando seguir esses passos”, disse.
Ele acredita que a atuação do time vem sendo ruim, e consequentemente isso reflete no gol. “Eu não acho que estou mal, o time inteiro não vai bem e eu estou junto com o time. Quando o time todo vai bem, eu estou junto com o time. Eu ainda tenho muitos problemas sociais para serem resolvidos no clube, mas não deixo isso atrapalhar dentro de campo para não atrapalhar minha carreira”, ressaltou.
Torcida
Márcio considera que as cobranças em cima dele são normais pelo tempo de casa. “O futebol é momento e se o momento do time não vai bem, eu já entendo como normal essas cobranças nos jogadores mais antigos. E hoje o mais antigo que está jogando sou eu. Então, eu ficou muito triste com isso, tento separar o máximo isso para não levar para dentro de campo.”
O jogador revela que é mais complicado jogar com a torcida contra. “Pode ter certeza que qualquer jogador que joga contra a sua torcida, ele não rende o mesmo futebol se ele jogasse com a sua torcida. Hoje eu tenho parte da torcida do Atlético contra mim, e eu me questiono até que ponto isso é válido, até que ponto eu tenho culpa”, destacou.