O governador Marconi Perillo (PSDB) disse, nesta quarta-feira (7), que não tem qualquer receio de ser indiciado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira no Congresso Nacional. Em entrevista coletiva, após a visita que fez ao prefeito Paulo Garcia (PT) ele afirmou que todos os esclarecimentos a respeito do suposto envolvimento do grupo comandado por Carlinhos Cachoeira no governo do Estado já foram dados.

“Esse assunto está mais do que esclarecido. Era um engendramento político-partidário. Depois de oito meses, estou de cabeça erguida e tocando o governo com competência e realizando grandes obras e melhorias no Estado”, argumentou.

A CPMI do Cachoeira no Congresso será encerrada em dezembro e não terá mais sessões até lá. O último passo é a apresentação do relatório do deputado federal Odair Cunha (PT-MG), que é o relator da Comissão. O documento pode indiciar vários políticos ouvidos e citados nos trabalhos, entre eles, o governador Marconi Perillo.

A deputada federal Iris de Araújo (PMDB) faz parte da Comissão e defendeu, em evento do partido nesta terça (6), que a investigação não seja encerrada.

“Acredito que já existem elementos que possam esclarecer o necessário, mas deveríamos prosseguir para ter um quadro e ouvir ou reouvir pessoas que deixaram coisas no ar que podem ser aprofundadas”.

Já o ex-prefeito de Goiânia e principal liderança de oposição ao governo Marconi, Iris Rezende (PMDB) foi mais longe e afirmou, em discurso durante evento do partido, que o suposto esquema de Carlinhos Cachoeira fez parte da campanha e do governo de Perillo.

“Ninguém sabia que, por trás de uma campanha havia uma quadrilha. O poder público atrelado a uma quadrilha não apenas de caça-níqueis ou jogo proibido, mas entrando na área de contratos. Essa CPI não pode fechar as portas sem chegar a uma conclusão do que aconteceu em Goiás”.