(Foto: Divulgação)

O ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) divulgou nota, neste sábado (18) criticando as declarações do reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Rafael Santana. Na última sexta-feira (17), o governador Ronaldo Caiado e o reitor da UEG anunciaram uma ampla reforma administrativa. A principal mudança proposta pelo atual governo é a redução do número de campus, que passa de 41 para 8.

Segundo a nota, desde a criação da universidade, em 1999, houve um processo contínuo de autonomia e que a “gestão democrática definiu a oferta de cursos, permanente e temporária, de acordo com a demanda de cada câmpus da instituição”. Além disso, Marconi afirmou que a abertura de novos cursos e câmpus “sempre se deu de acordo com a realidade econômico-financeira da UEG”.

O ex-governador criticou a decisão da reitoria e do atual governo dizendo que “usurparam a gestão da universidade” e que “inviabilizou nos primeiros dias de 2019, reduzindo o orçamento da instituição em quase R$ 100 milhões”. Marconi Perillo ressaltou por meio de nota, divulgada pela sua assessoria de imprensa, que a UEG está entregue “à própria sorte” e que a “comunidade academia foi abandonada”.

Confira a nota na íntegra:

NOTA

Acerca das declarações do atual reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), é necessário restabelecer a verdade, observando que:

Desde sua criação, em 1999, a UEG passou por um processo contínuo de autonomia, com a gradativa transferência das decisões da gestão para a direção, os professores e toda a comunidade universitária. A gestão democrática definiu a oferta de cursos, permanente e temporária, de acordo com a demanda de cada câmpus da instituição.

A abertura de novos cursos e câmpus sempre se deu de acordo com a realidade econômico-financeira da UEG, levando em conta a demanda acadêmica, a realidade orçamentária e a disponibilidade de professores e servidores técnico-administrativos em cada região. Os cursos de graduação, pós-graduação e de ensino a distância sempre foram definidos com base nesses critérios, conciliando as disponibilidades financeiras e a demanda dos estudantes.

A autonomia da UEG, conquistada e construída por professores e alunos com respaldo das comunidades, foi completamente destruída pelo atual governo. A reitoria e o governo de agora usurparam a gestão da universidade, transferindo-a para o gabinete do reitor e do governador, calando a comunidade acadêmica e excluindo-a de toda a qualquer decisão.

O governo Ronaldo Caiado (DEM) inviabilizou a gestão da UEG já nos primeiros dias de 2019, reduzindo o orçamento da instituição em quase R$ 100 milhões no ano passado, o equivalente a um terço (33%) do valor executado em 2018, que totalizou R$ 300 milhões. O corte afetou todas as áreas, em todos os câmpus.

O resultado é que a UEG está entregue à própria sorte e a comunidade acadêmica foi abandonada. Cursos são encerrados sem prévio aviso e professores e servidores são demitidos de forma aleatória e sem qualquer estudo sobre o impacto de seus desligamentos sobre a vida acadêmica dos estudantes.

A educação geradora de oportunidades e promotora da emancipação cidadã implantada em Goiás no decorrer dos últimos 20 anos foi transformada em negócio e mercadoria descartável pelo atual governo. Alunos e professores são tratados como números e usados na insana e obcecada estratégia de destruição do legado das gestões do PSDB.

Os efeitos nefastos do corte drástico do financiamento e a destruição da autonomia da UEG afetam milhares de goianos e suas famílias e repercutirão por gerações.

Goiânia, 18 de janeiro de 2020
Assessoria de Imprensa do ex-governador Marconi Perillo