A verdade dos fatos ainda não foi dita, nem mesmo nos tribunais. É com essa afirmação que o diretor jurídico Marcos Egídio surpreendeu a todos durante entrevista nos Debates Esportivos, na RÁDIO 730, ao dizer que os fatos apresentados e a culpa do Atlético no caso Bida não condiz com aquilo que realmente aconteceu, no meio do ano de 2012.

Naquela ocasião, o Atlético assumiu a culpa ao dizer que a ex-nutricionista do clube, Fernanda Machado, havia direcionado uma medicação ao jogador com a substancia hydrochlorothiazide (HCT), que foi detectada em dois exames diferentes do jogador. Marcos Egídio disparou que a ex-funcionária do Atlético não teve culpa alguma no caso e que o clube só assumiu a culpa para tentar ajudar o atleta.

“A menina, que na verdade foi quem se responsabilizou pelo fato do Bida ter ingerido aquela substância, eu falo, com toda segurança, que ela não tem nada a ver com essa situação. O Atlético apenas tentou ajudar o Bida, porque se ele fosse julgado em dois processos, como ele foi, e não tivesse nenhum apoio do clube, inclusive no sentido de assumir a responsabilidade, hoje ele não jogaria mais futebol, teria sido eliminado, porque se tratava de uma reincidência”

Bida entrou na Justiça contra o clube, em Dezembro, e conseguiu a tutela antecipada, que o deixa livre para negociar com outra equipe. Além disso, cobra salários atrasados, pagamento de FGTS e também exige danos morais, garantindo ser vítima de um erro no clube. O diretor jurídico do Dragão aponta que, agora sim, o Atlético vai comprovar tudo no tribunal e garante que Bida não conseguirá vencer essa questão.

“Os fatos, o que foi verdade e o que não foi, agora sim o Atlético vai levar ao conhecimento da Justiça. Da mesma forma que ele pede danos morais, o Atlético também vai pedir. A verdade vai vir à tona no momento certo, com as provas que serão lidas em audiência. Ele levou uma testemunha para a audiência, que também foi enganada por outro profissional que trabalhava no clube naquele momento, que assumiu, depois não quis falar mais sobre o assunto, foi chamada para voltar ao processo e não quis, com medo. O Bida foi beneficiado com isso”