A mudança foi repentina e pegou muitos de surpresa, mas agradou boa parte dos torcedores rubro-negros. A decisão do empresário Maurício Sampaio de se tornar presidente do Atlético, algo que deve ser confirmado no dia 5 de Janeiro, satisfez também boa parte dos dirigentes do Dragão, até mesmo Marcos Egídio, que aparecia como único candidato à presidência até o início da tarde de segunda-feira.

Em entrevista durante o programa Debates Esportivos, o atual diretor jurídico e que pode se tornar vice-presidente do Conselho Deliberativo destacou que a decisão partiu apenas de Maurício, e por isso ficou para o apagar das luzes, sendo anunciada apenas no fim do dia. Marcos Egídio ainda destaca que a atual configuração da chapa era justamente aquilo que os sócios queriam.

“O que aconteceu foi uma definição por parte do Maurício. Até então, a gente estava conversa, ele precisava de uma resposta da família, uma resposta até dele próprio como pessoa. Se essa resposta não saísse até as 18h, eu era o candidato e a chapa estava pronta, mas como o Maurício chegou no clube já no fim da tarde e perguntou ‘onde eu assino’, aí ele se tornou o presidente, como todos esperávamos e gostaríamos que acontecesse”

Quando ainda era candidato, Egídio sofreu certa rejeição por não ter meios de arrecadar bons investimentos para o Atlético, o que seria uma grande barreira para o presidente. Agora, com antigo vice-presidente do clube na linha de frente, Marcos Egídio vê melhores condições para arrecadação, mas relembra que Sampaio também não tem condições de tocar o clube sozinho.

“O Maurício tem dinheiro para ser presidente do Atlético? Também não tem, mas o Maurício tem as mesmas intenções que nós temos, a mesma força, só que um grau a mais que eu e o Adson. Ele é uma pessoa respeitada pela torcida, respeitada pela imprensa, pelos políticos, pelo judiciário, muito mais do que nós somos. Eu garanto que eu não vou abandoná-lo, o Jovair não vai, o Adson não vai e outras pessoas também não vão”