A candidata do Partido Comunista Brasileiro (PCB), Marta Jane, foi a segunda entrevistada da primeira edição do Jornal 730, na rodada com os candidatos ao governo do Estado. Ela classificou a sua candidatura como uma alternativa à lógica capitalista.

Questionadas pelos comentaristas do programa, ela falou sobre segurança pública, saúde, educação, transporte, e ainda avaliou a administração do governador Marconi Perillo (PSDB) e problemas com a CELG.

Marta aponta que o problema da segurança pública está originalmente na distribuição de riqueza, com a acumulação nas mãos de poucos. Outro ponto destacado pela candidata é no que se refere a metodologia aplicada pelo atual governo. “Há um equivoco no foco da segurança pública, que é o da repressão e não da investigação,” condena.

Na área da educação, a comunista defende que seja feita uma educação integral em período integral. Ela ainda salienta que com a atual metodologia, simplesmente levar os alunos para passarem dois períodos nos estabelecimentos de ensino não seria o suficiente.

Ainda sobre Educação, Marta defende que 10% do PIB goiano seja destinado para a área. A candidata do PCB ainda crítica o governo estadual, que segundo ela aplicou menos de 1/3 em reforma de escolas em relação ao valor aplicado em propaganda.

Saúde
As Organizações Sociais (OS) que administram as unidades de saúde estaduais não permaneceram na função, caso Marta Jane seja eleita. Ela defende que a saúde pública seja totalmente controlada pelo Estado. A candidata ainda defende a criação de conselhos populares para gerir a pasta em Goiás.

Transporte
Com a visão ideológica da esquerda, Marta Jane prega que o transporte público seja administrado pelo Estado sem a busca do lucro. Segundo ela, este é um dos problemas que geram dificuldades de mobilidade urbana. Ela defende o fim da CMTC e a criação de conselhos populares para gerenciar o setor.

CELG
Para Marta Jane o grande problema da CELG começa ainda no período eleitoral, quando os candidatos se comprometem com os financiadores de campanha. Depois de eleito, eles precisam fazer valer o investimento realizado pelos conglomerados econômico, e assim, deixam as necessidades da população em segundo plano. A candidata do PCB ainda cobra investigação rigorosa para se chegar aos culpados pela quebra da empresa.