O momento não é dos melhores, então, basicamente, o que se recomenda é treinar, treinar e treinar. Só que, no caso do Atlético, a recomendação é descansar e poupar. Na véspera do jogo contra o América-MG, líder da Série B, o técnico Marcelo Martelotte conversou com os jogadores e, assim como na semana passada, antes do duelo contra o ABC-RN, preferiu não fazer um treino tático, e sim apenas um rachão.

Dessa forma, a escalação se tornou um mistério, ainda que a tendência seja repetir o time derrotado para a Lusa por 2 a 0 no sábado. O treinador explicou após a movimentação que no papo com os atletas, alguns relataram uma cansaço físico muito grande devido a maratona de jogos e por isso, é preferível guardar os atletas e evitar uma desfalque sério na partida. Martelotte não esconde que gostaria de treinar finalizações, por exemplo, mas compreende a situação.

“Na verdade, a gente evita o desgaste nesse momento. Se tivéssemos tempo de trabalhar alguns aspectos, como finalizações, por exemplo, pra gente ter confiança nas jogadas, mas tem essa sequencia que você joga na terça-feira e no sábado, fica difícil fazer um trabalho como esse. Nas conversas e avaliações que fizemos na reapresentação, alguns jogadores indicaram cansaço e a gente procurou evitar fazer um treino tático”

Com os atletas resguardados, a expectativa é de um time mais imponente na noite desta terça-feira, ainda que o público na arquibancada não ajude tanto. O horário das 21h50 já atrapalha e o Atlético vem tendo médias de público muito baixas durante o ano, tanto que o Martelotte relata que o time já se acostumou a jogar com o estádio “quase vazio”, e não vê isso mais como um problema.

“Eu acho que hoje não é um problema porque nós nos adaptamos a jogar dessa maneira. Se for avaliar, desde o começo do ano os jogos no Serra Dourada tem acontecido com baixo público, então a gente se adaptou a isso e passa por cima dessa situação. Por outro lado, se tivéssemos um público de 10 mil, por exemplo, seria um apoio importante”