A Rádio 730 foi a única emissora goiana presente no estádio Presidente Vargas, acompanhando o Dragão. E na entrevista pós-jogo, o treinador Marcelo Martelotte analisou a derrota para o Ceará. “Foi um jogo dentro do que se esperava. A gente sabia que o Ceará ia tentar sair para o jogo, ia ter mais a bola que a gente e precisaríamos ter uma marcação forte, principalmente dos jogadores do meio-de-campo. Enquanto tivemos essa marcação bem encaixada, funcionou e o adversário criou pouco. Porém, também criamos pouco”.

O técnico avaliou a segunda etapa do confronto e lamentou os chutes de fora da área da equipe da casa, que acabaram definindo a partida. “No segundo tempo, o jogo se desenhou da mesma maneira, só que mais aberto, com contra-ataques para os dois lados. E o Ceará foi feliz e saiu na frente num belo chute do Uillian. Tentamos a reação com as alterações, com a entrada do Juninho e do Rafinha para dar mais velocidade, mas o segundo gol deles praticamente matou nossas chances de reação”.

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O comandante rubro-negro analisou se a falta de criação foi determinante para o revés no duelo. “Criamos pouco. O jogo acabou ficando mais aberto no segundo tempo. Infelizmente não encaixou esse passe no setor ofensivo para que a gente pudesse ter chegado ao gol. A gente sabe da qualidade da equipe do Ceará e nós ainda estamos em um processo de evolução da equipe e ainda temos muito a melhorar”.

O Dragão entrou em campo com duas novidades na escalação: Recife na vaga de Anderson Pedra no meio-campo e Ayrton no ataque, ao invés de Juninho ou Rafinha. O treinador justificou as escolhas. “Pedra estava há muito tempo sem jogar, quase um ano e meio, e a gente sabe que, quando você volta e tem uma sequência grande, fica perigoso, mais propenso a lesões. Estamos controlando. Optamos por deixar ele de fora e utilizá-lo na quarta-feira. Já o Ayrton me deu motivos para isso. Foi quem mudou a cara do jogo de terça, com uma participação importante e por isso teve a oportunidade hoje. Sabemos que é um jogador jovem e que não podemos, de maneira nenhuma, jogar a responsabilidade em cima de um atleta jovem como ele. Ele correspondeu e esteve a altura do restante da equipe. É mais uma opção para o decorrer da temporada”.

Martelotte também analisou a queda física do plantel rubro-negro no segundo tempo da partida desse sábado. “O jogo exigiu muito. Foi muito rápido, corrido no segundo tempo, com as duas equipes apostando em jogadas de velocidade e fazendo a recomposição em seguida. É natural que isso ocorra, por isso o cuidado em utilizar os jogadores que estiverem em melhores condições”.