O gosto doce da vitória sobre o rival invicto passou muito perto de ser saboreado pelos jogadores do Atlético e pelo técnico Marcelo Martelotte. Em entrevista coletiva após a partida, o treinador admitiu que ficou um sabor amargo por ter tomado o empate em gol de pênalti, nos acréscimos da partida. Só que o comandante também viu o empate sob uma perspectiva positiva e acredita que agora ficou provado que a competição está aberta, deixando de lado o papo de “campeão goiano invicto”.
“Pra você ser campeão invicto, você precisa primeiro ser campeão, e o Goiás ainda não é. Acho que depois de hoje, ficou provado que o campeonato ainda está aberto, em disputa. Pelo gol no final, pelo fato de estarmos ganhando e sofrermos um pênalti nos acréscimos, deixa um jogo amargo, mas pela perspectiva, fica uma boa visão pela atuação da equipe. Fico feliz pela atuação, pelo comprometimento que nossa equipe teve, eles entenderam o que trabalhamos durante a semana, mas fica o sentimento de frustação, porque estávamos próximos de alcançar a vitória”, reconheceu o comandante.
Mais do que o clássico e o resultado em si, o que mais se questiona e comenta após a partida no Serra Dourada foi a arbitragem de Roberto Giovanny, que marcou três pênaltis e teve muito trabalho, principalmente nos 30 minutos finais. O técnico rubro-negro admitiu que foi uma partida estranha, mas só pelo fato de ter tido três penalidades marcadas, algo incomum, e tentou evitar críticas ao profissional do apito.
“Eu não vou falar de arbitragem, não gosto de ficar analisando o papel do arbitro, até porque eu parto do princípio que todos estão ali para trabalhar. Não vou polemizar em torno da atuação da arbitragem. A estranheza é um jogo com três pênaltis, não é normal, a gente vai discutir qual foi, qual não foi. Não foram só os pênaltis, tem outros momentos controversos na partida, mas clássico é assim. Não gosto de analisar pelo aspecto de que há favorecimento, se eu acreditar que existe isso, eu pego meu boné e vou embora”, finalizou Martelotte.