Os médicos credenciados a um Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas) ficam paralisados até esta sexta-feira (19). Consultas, exames, e cirurgias eletivas não são realizados em protesto pelo atraso de pagamentos pelo reajuste salarial. Os médicos não recebem desde abril deste ano, e tem direito a um reajuste de 25%, acumulado desde 2005.

O movimento é organizado pelo Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), que também reivindica melhorias nas condições de trabalho nas unidades municipais de saúde. O Presidente do Simego, Leonardo Mariano Reis ressalta a importância dos serviços prestados, e afirma que o Imas conta com 72 mil pessoas, que sã funcionários do município de Goiânia, da Prefeitura, e os seus dependentes.

“Em função do preço muito baixo do valor da consulta, que está entre R$ 0,20 e R$ 0,39 é a consulta que tem o menor valor de todos os convênios. Há uma série de atrasos do Imas geraram esta paralisação de advertência”, relata.

De acordo com o Presidente do Simego, a possibilidade de greve não é descartada, mas vai depender do avanço das negociações com a diretoria do Imas, e também com a Prefeitura de Goiânia. As negociações com Imas chegaram a ser iniciadas, mas não foi dada uma continuidade.

O Presidente do Imas, Sandro Valverde, afirma que tem conhecimento das reivindicações, e declara que o Instituto está com a fatura de abril sendo concluída.

“Na próxima semana iniciaremos o pagamento de maio. Esta fatura de maio está dentro do prazo estabelecido no contrato. Quanto ao reajuste, existe uma defasagem de abril de 2005 a junho de 2011, em torno de 25%. Este percentual não tem como ser aplicado de uma vez, então a gente espera abrir uma rodada de negociação para discutir estes valores”, aponta.

Segundo o Presidente Sandro Valverde, o Imas não discorda do valor para o reajuste salarial reivindicado, mas destaca que o Instituto tem dificuldades de fazer este pagamento.