O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), retomou nesta semana discurso moderado enquanto busca abrigo político em legenda que garanta apoio e estrutura para a pré-candidatura dele ao governo estadual. Em entrevista à Rádio Orquídea FM, de Piracanjuba, o sucessor de Maguito Vilela retomou manifestações no sentido de deixar aberto o cenário para alianças tanto com grupos de direita, quanto de esquerda, depois do esfriamento no processo de aproximação com a base do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Goiás.
Mendanha teve reuniões em Brasília nas últimas três semanas e chegou a ser dado como certo entre os quadros do PL, para ser o candidato bolsonarista ao governo do estado, desde que tivesse também o apoio do PP em Goiás. A articulação, na prática, fez água. O principal entrave veio de dentro da própria base do presidente, com críticas reforçadas pelo deputado federal Vitor Hugo. Além disso, houve intensificação de campanha, principalmente promovida por militância digital no whatsapp, com ataques a Mendanha direcionados tanto ao público esquerdista, por conta da aproximação com Bolsonaro, quando direitista, pelo histórico de alianças do prefeito com a esquerda.
“Eu tenho vários convites e, obviamente, você tem muitas fake news, né? E eu lamento muito, principalmente utilizar a máquina pública para poder disseminar essas fake news”, aponta o prefeito. Sobre o destino político, o prefeito reforça ter convites e que “mais do que a filiação, estamos construindo alianças com vários partidos e dentre esses partidos, vou escolher aquele que me dê melhores condições e que possa agregar aí numa condição melhor de disputar um pleito”.
Esquerda nacional
A Executiva Nacional do PSOL decidiu ontem pela abertura das negociações com o PT e demais partidos de esquerda para firmar aliança eleitoral em torno da pré-candidatura do ex-presidente Lula (PT). O encarregado dessas negociações deve ser o pré-candidato ao governo de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL), que concorreu às eleições de 2018 com o presidenciável petista Fernando Haddad (PT). Os dois, inclusive, podem se enfrentar nas urnas em São Paulo nas eleições de outubro.
Missão
O psolista será o encarregado, juntamente com o presidente nacional da sigla, Juliano Medeiros, e a deputada federal Talíria Petrone (RJ), de integrar uma comissão para discutir o tema. Os três terão de apresentar os principais pontos programáticos que nortearão as conversas entre as siglas. Entre eles está a revogação de medidas como a reforma trabalhista, reforma da previdência e Teto de Gastos, que foram aprovados no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) e mantidos no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Impedimento
A Justiça negou pedido para que um processo da Lava Jato contra Eduardo Cunha, ex-deputado e presidente da Câmara dos Deputados, fosse remetido para a Justiça Eleitoral. A decisão, por unanimidade, foi da Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF4) e impede, por enquanto, os planos de Cunha para este ano.
Intenção
É que ele pretende disputar a Câmara dos Deputados por São Paulo. Só que precisa resolver os problemas judiciais. Pelo envolvimento em crimes ligados à Lava Jato, Cunha foi preso preventivamente em 2016, mas desde março de 2020 está em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. Benefício concedido em razão da pandemia da Covid-19, visto que ele integra grupo de risco.
Dia Mundial
A Câmara de Goiânia aprovou projeto de lei que institui a data de 27 de novembro como o Dia Municipal da Cannabis Terapêutica no Calendário Oficial de Eventos do Município. O texto segue para sanção do prefeito Rogério Cruz (Republicanos).
Medicina
De autoria do vereador Lucas Kitão (União Brasil), a proposta é complementar à lei que prevê a distribuição de medicamentos prescritos à base de canabidiol (CBD) ou tetrahidrocanabinol (THC), substâncias oriundas da maconha.
