Foto: Reprodução/SagresTV

Durante período de estiagem, a preocupação com o Meia-Ponte segue na contramão da vazão de um dos rios mais importantes do estado de Goiás. Nesta semana, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável intensificou o monitoramento e a fiscalização do manancial, tanto por terra quanto pelo ar, com o uso de drones. 

Além do monitoramento, a secretaria lançou uma campanha junto aos municípios e produtores rurais para frear a redução da vazão do Meia Ponte. Uma das medidas é o apelo do uso racional dos recursos hídricos nas cidades e que as irrigações das plantações aconteçam somente no período da noite, evitando assim a evaporação da água, como explica a titular da Pasta, Andréa Vulcanis. 

“É um período em que as pessoas tendem a consumir mais porque o calor e a seca vão aumentando. O pessoal da cidade precisa contribuir, lembrando que temos pessoas que vivem dessa produção”, alerta. “Depende do pessoal da cidade, que tem que reduzir o consumo, e da colaboração da zona rural. A irrigação noturna ajuda porque é um período que a cidade não está consumindo, portanto a Saneago não precisa consumir água para entregar. As pessoas estão dormindo e não usam a água. Por outro lado, as plantas sobrevivem só com a irrigação noturna”, afirma. 

Outra medida anunciada pela secretaria é a redução de 50% das outorgas, as autorizações para retirada de água, mas que só será tomada caso seja declarado o nível 2 na vazão do Meia Ponte. Neste momento, o rio aponta nível 1, que já caracteriza situação crítica. O superintendente de Recursos Hídricos e Desenvolvimento Sustentável da Semad, Marcos Menegaz, explica como essa regra seria aplicada. 

“Se eles captam 100 litros por segundo, terão que reduzir para 50. Nós vamos conferir isso através de equipamentos instalados nesse empreendimento. Do ponto de vista do município, a Saneago tem que fazer uma série de mobilizações, de comunicados, de chamar a população para o uso racional da água”, argumenta. 

O nível 1 indica que a vazão ainda está acima dos 3.300 litros por segundo. Mesmo assim, segundo a secretária Andréa Vulcanis, o risco de racionamento na região metropolitana é iminente. 

“O risco de racionamento não pode ser descartado, mas toda a gestão que nós estamos fazendo, a gente acredita que ele não vá acontecer. Já estamos na metade do mês de agosto. Não houve até o momento necessidade de iniciativas de fiscalização porque estamos conseguindo fazer, em acordo com os produtores rurais e a Saneago, uma gestão bastante eficiente”, conclui.

Confira a reportagem de Silas Santos

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