Todos esperavam um show dos “quatro fantásticos” argentinos, quem sabe até uma goleada. Esqueceram de combinar com o mesmo quarteto ofensivo do lado nigeriano. Ou melhor, esqueceram de avisar o atacante Musa, que só não deixou os argentinos mais apavorados porque Messi voltou a decidir. No Beira-Rio lotado pelos hermanos, a Argentina venceu a Nigéria por 3 a 2, mas ainda não conseguiu convencer na Copa.

O Jogo

As duas equipes entraram em campo com um quarteto ofensivo, que guardada as devidas proporções técnicas, prometiam muito perigo. E começaram a cumprir logo com dois minutos. Os “quatro fantásticos” da Argentina funcionaram logo com dois minutos, quando Di María recebeu de Mascherano e bateu cruzado, Eneyama espalmou, a bola bateu na trave e voltou para Messi, de primeira, bater no alto e estufar a rede africana.

Só que nem deu tempo para comemorar. No rolar da bola, os nigerianos deram a resposta depois que Babatunde serviu Musa na esquerda, o atacante entrou na área, cortou Zabaleta e bateu no canto esquerdo de Romero, que pulou atrasado. A intensidade do jogo no início não foi a mesma durante o restante da primeira etapa, mas as duas equipes tiveram chances. Aos oito, Messi colocou Higuaín na cara do gol, mas o camisa 9 bateu na rede pelo lado de fora.

Aos 24min, o quarteto Hermano voltou a funcionar quando Higuaín rolou para Di María, que bateu cruzado, mas Messi chegou atrasado no carrinho e não alcançou. Aos 29min, Di María tentou sozinho, no cantinho, mas Eneyama impediu. A parte do quarteto que não funcionava bem era Aguero, e talvez a explicação tenha vindo aos 37min, quando o atacante caiu com uma lesão muscular e foi substituído por Lavezzi.

Messi, que já havia carregado a Seleção nos dois primeiros jogos, decidiu que deveria fazer o mesmo contra os nigerianos. E com um repertório diferente: as cobranças de falta. Aos 43, ele bateu de longe, no ângulo, e fez Eneyama espalmar para escanteio. Três minutos depois, aos 46min, ele foi perfeito. Em uma falta mais próxima e frontal ao gol, o camisa 10, como quem coloca com a mão, acertou o ângulo esquerdo e Eneyama ficou parado, sem reação. 2 a 1.

2º tempo

O início da etapa final teve o mesmo ritmo intenso do começo da partida. Logo aos dois minutos, Musa tabelou com Emenike e, cara a cara com Romero, bateu para empatar a partida e fazer o segundo gol dele na partida. Só que, dois minutos depois, os argentinos voltaram a dianteira. Em escanteio da esquerda, Messi cobrou e Rojo, meio sem querer, acertou o joelho na bola e ela entrou mansamente, sem reação de Eneyama.

Foi aí que os nigerianos sentiram o golpe e os argentinos começaram a desperdiçar chances. Aos seis, Lavezzi cruzou, a zaga cortou e a bola sobrou para Di María, que bateu cruzado para mais uma defesa do goleiro nigeriano. Aos nove, Messi ligou com Higuaín, que tentou o toque de bico na saída de Eneyama, mas o goleiro estava mais atento e fez a defesa. Aos 32, Higuaín despediçou outra chance após passe de Di María, que mostrava um fôlego impressionante.

Os nigerianos esbarravam no cansaço e na defesa fechada dos sul-americanos, mas criavam quando tinha a oportunidade. Aos 38min, Emenike tentou o chute de fora, mas a bola saiu. Na sequencia, Higuaín tentou a ligação com Di María, mas o atacante bateu em cima do goleiro. Aos 41, os africanos voltaram a assustar, mas o chute de Ambrose, que tinha endereço certo, acabou desviando e parou na rede pelo lado de fora.

ICHA TÉCNICA
NIGÉRIA 2 x 3 ARGENTINA

Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)
Data: 25 de junho de 2014, terça-feira
Horário: 13 horas (de Brasília)
Árbitro: Nicola Rizzoli, da Itália
Assistentes:Renato Faverani e Andrea Stefani, ambos da Itália

Público: 43.285
Cartão amarelo:Omeruo e Oshaniwa (Nigéria)

GOLS: Messi, aos 2 e aos 45 minutos do primeiro tempo; Rojo, aos 4 minutos do segundo tempo; Musa, aos 4 minutos do primeiro tempo e a 1 minuto do segundo tempo

NIGÉRIA: Enyeama; Ambrose, Omeruo, Yobo e Oshaniwa; Onazi, Obi Mikel, Babatunde (Uchebo), Musa e Odemwingie (Nwofor); Emenike
Técnico: Stephen Keshi

ARGENTINA: Romero; Zabaleta, Garay, Fernández e Rojo Mascherano, Gago e Di María; Messi (Alvarez), Higuaín e Agüero (Lavezzi)
Técnico: Alejandro Sabella