O Ministério Público de Goiás (MP-GO) deflagra nesta terça-feira (15) a Operação Tarja Preta, que tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa que há mais de ano atua na venda fraudada, viciada, direcionada e superfaturada de medicamentos para vários municípios goianos. Desde as cinco horas da manhã estão sendo cumpridos 123 mandados em 20 municípios do Estado, sendo 38 mandados de prisão temporária, 37 mandados de condução coercitiva e 48 mandados de busca e apreensão. Entre os alvos estão prefeitos, secretários de saúde, empresários e advogados.

Os mandados de prisão temporária, condução coercitiva e de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas seguintes cidades de Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Goianira, Trindade, Aragarças, Inaciolândia, Carmo do Rio Verde, Rubiataba, Ceres, Rialma, Rianápolis, Uruana, Cromínia, Israelândia, Matrinchã, Indiara, Perolândia, Aloândia, Luizânia, Araguapaz, Mozarlândia, Piranhas e Pires do Rio em Goiás. Além de duas cidades mato-grossenses Barra do Garças e Pontal do Araguaia.

Ao todo participam da operação 70 promotores de Justiça, 386 policiais militares de Goiás e do Mato Grosso. A força tarefa é comandada por um conjunto de órgãos MP-GO – Procuradoria-Geral de Justiça, Procuradoria de Justiça Especializada na Promoção de Ação Penal contra Prefeito Municipal, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Centro de Segurança Institucional e Inteligência (CSI).

De acordo com a assessoria de comunicação do MP-GO, a investigação apontou indícios de vários crimes pela organização criminosa, como: formação de quadrilha;  formação de cartel; peculato; corrupção ativa e passiva; indevida dispensa e inexigibilidade de licitação; fraude à licitação; delito do inciso “V” do Decreto-lei nº 201/1967; falsificação de documentos públicos e privados; lavagem de dinheiro.